Exposição
“Infinito Vão - 90 anos de Arquitetura Brasileira” inaugura nos dias 28, 29 e
30 com inúmeras atividades gratuitas
“Infinito Vão – 90 Anos de
Arquitetura Brasileira” é o nome, inspirado na música e na voz de Gilberto Gil,
da exposição com curadoria de Fernando Serapião e Guilherme Wisnik que a Casa
da Arquitectura (CA) – Centro Português de Arquitectura inaugura nos dias 28,
29 e 30 de setembro. Preparámos uma programação especial e gratuita para o fim
de semana inaugural, entre visitas guiadas, conferências, filmes, lançamentos e
concertos. Poderíamos destacar o concerto de Adriana Calcanhotto, dia 29, às
21h30, ou a conferência do arquiteto e Pritzker brasileiro, Paulo Mendes da
Rocha, dia 30, às 1h30.
A mostra será acompanhada por
uma extensa programação paralela, com cocuradoria de Nuno Sampaio, diretor
executivo da CA, que acontecerá até abril de 2019 e contempla atividades em
Portugal e no Brasil.
“Infinito Vão” é o resultado
de um processo de dois anos de trabalho que a Casa da Arquitectura levou a cabo
no Brasil, reunindo um património com mais de 200 doações que vai integrar o
acervo permanente da Casa.
A Coleção Arquitetura
Brasileira, a mais representativa realizada nos últimos anos, é constituída por
103 projetos e mais de 50 mil elementos entre desenhos, fotografias, documentos
textuais, filmes, maquetes, cerâmicas, entre outros.
A coleção materializa dois
objetivos fulcrais: fomentar estudos de especialistas no tema, podendo ter o
seu acervo consultado por pesquisadores; e compor futuras exposições do acervo
da Casa da Arquitectura, somando-se à galeria de autores ‘residentes’ como
Eduardo Souto de Moura, Paulo Mendes da Rocha, Álvaro Siza Vieira, Pedro
Ramalho e João Álvaro Rocha, entre outros.
Os
autores brasileiros
Neste caso concreto são 90
projetos de autores fundamentais para a compreensão da produção brasileira, sendo
20 deles integrantes do período moderno e outros 50 do período contemporâneo.
Além dos desenhos e maquetes, a coleção possui cerca de 150 livros essenciais
sobre o tema, que serão incorporados à biblioteca da Casa da Arquitectura.
Os projetos que voaram para
Portugal resultam de contratos de doação assinados pelos arquitetos e seus
herdeiros. A seleção esteve a cargo dos dois curadores brasileiros, Fernando
Serapião e Guilherme Wisnik. O período moderno, compreendido entre as décadas
de 1930 e 1970, é composto por projetos de autores consagrados de gerações
diversas, representados por cópias autenticadas.
Entre os autores selecionados
destacam-se Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, MMM Roberto,
Sergio Bernardes, Roberto Burle Marx, Vilanova Artigas, Lina Bo Bardi, Rino
Levi, Severiano Mario Porto, João Filgueiras Lima (o Lelé) e Paulo Mendes da
Rocha. A maior parte dos desenhos originais destes autores estão no acervo de
coleções públicas e privadas (faculdades, fundações e instituições
brasileiras), com quem os curadores, em nome da Casa da Arquitectura,
realizaram um acordo a fim de acomodar em Matosinhos, Portugal, um acervo de
cópias autenticadas e autorizadas de projetos selecionados. A maior parte da
coleção é dedicada à fase contemporânea, que compreende o período dos anos de
1980 até os dias atuais. Esta porção da coleção é constituída por criações de
profissionais de gerações mais jovens e em plena atividade, como Marcos
Acayaba, Brasil Arquitetura, Angelo Bucci, Andrade Morettin e Carla Juaçaba,
entre outros.
Para que haja compreensão do
enquadramento da época da produção arquitetónica brasileira, os curadores
selecionaram um conjunto de livros que integrarão uma biblioteca básica sobre
arquitetura brasileira, composta por obras em catálogo e diversos volumes de
autores e editoras desaparecidos. Parte da grande missão da equipe curatorial
foi buscar os volumes em estabelecimentos que comercializam títulos raros.
Para além do extenso programa
paralelo que decorrerá em Portugal, também o Brasil irá receber em outubro, um
programa de debates, mesas-redondas e momentos musicais alusivos. Casa da Arquitetura - Portugal
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