A
grande festividade chinesa do Ano Novo Lunar é explicada, ao detalhe, na mais
recente obra de António Pedro Pires. A publicação integra a colecção “Farol da
Guia” do Instituto Cultural
A celebração do Ano Novo Lunar
– grande festividade do povo chinês – é analisada em detalhe na mais recente
obra de António Pedro Pires. As primeiras páginas do livro “Festividade do Ano
Novo Lunar em Macau”, publicado pelo Instituto Cultural (IC), são dedicadas à
“marcha da Humanidade desde a tomada de consciência do tempo e da sua medição
até à invenção do calendário e ao aparecimento dos relógios” numa clara
abordagem ao calendário lunar propriamente dito.
De acordo com o organismo, a
segunda parte descreve o Ano Novo Lunar do ponto de vista da preparação da
festa, bem como o papel das “grandes religiões chinesas (taoismo, budismo,
confucionismo e culto dos antepassados) nos rituais que a antecedem”. Além disso,
“é prestada especial atenção ao último dia do ano, à preparação do
jantar-reunião de família, aos rituais que o precedem, sobretudo à veneração
dos antepassados e à culinária própria da reunião”.
Por sua vez, o autor optou
também por descrever a entrada do ano novo e tudo o que ele implica: o ruído,
as visitas aos templos, as multidões e rituais no seu interior, sobretudo nos
templos de Á-Ma e Kun Iam. “E porque não há festa sem culinária, um capítulo é
dedicado à culinária da festa, à culinária como linguagem, e ao simbolismo dos
pratos”, acrescenta o IC.
Já na recta final da obra são
descritos os rituais que ditam o fim da festividade. Nesta secção aborda-se a
festa das lanternas no 15º dia e reflecte-se sobre a importância da festa para
a construção duma sociedade mais pacífica e harmoniosa. Isto porque, durante o
Ano Novo Lunar, a “sociedade renasce com nova força e vigor, retempera o seu
ser. É a vida que se renova, os afectos que circulam, os laços que se
estreitam, os amigos que se “cativam”. Não há festa como esta”, vinca o IC.
António Pedro Pires, formado
em Ciências Antropológicas e Etnológicas, é também autor de dezenas de artigos
publicados em revistas, catálogos e jornais sobre a condição feminina e a
cultura chinesa. Proferiu também várias conferências durante as quais se versou
sobre a mulher na China e em Portugal, chá, porcelana, festividades cíclicas,
ano novo lunar, minorias étnicas, culto dos antepassados, entre outros temas.
O livro pode ser comprado na
Livraria Portuguesa, Plaza Cultural, Livraria Seng Kwong, Arquivo de Macau e
Centro Ecuménico Kum Iam por 140 patacas sendo o quinto da Colecção “Farol da
Guia”. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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