Desde
Janeiro no cargo de administrador não executivo da Sonangol, Marcolino Moco
promete deixar a petrolífera nacional caso o Presidente da República, João
Lourenço, não mantenha as suas promessas
Em declarações à revista Jeune
Afrique, o ex-primeiro-ministro de Angola reitera a confiança depositada na
governação de João Lourenço, renovada com a sua ascensão à liderança do MPLA,
no último sábado, 8, mas abre a porta a uma ruptura.
Segundo Marcolino Moco, o
Chefe de Estado vai "finalmente poder ir até ao fim da sua acção",
agora que acumula a Presidência da República com a presidência do partido no
poder.
O também antigo secretário-geral
dos "Camaradas" adverte que João Lourenço "corre um grande risco
político" se não for até às últimas consequências.
Embora confiante na mudança, conforme já tinha transmitido na
semana passada, o hoje administrador não executivo da
Sonangol não exclui a hipótese de uma desilusão. "Se João Lourenço não
cumprir as suas promessas, eu demito-me", afirma Marcolino Moco.
Entre os compromissos
assumidos pelo Presidente da República, destaca-se a luta contra a corrupção e
a impunidade, desde a subida à liderança do MPLA alargada também ao combate à bajulação.
In “Novo Jornal” - Angola
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