O Governo reiterou o convite
ao sector privado para que aposte na construção de infraestruturas de
armazenamento de água, por representarem boa oportunidade de investimento.
O envolvimento do empresariado
é visto como necessário face ao crescimento da demanda pelos recursos hídricos,
que poderá triplicar nos próximos 20 anos, e para tornar o país resiliente às
mudanças climáticas, que tornam as chuvas cada vez mais irregulares.
Falando há dias na província
de Maputo, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos disse
que a construção de infraestruturas hidráulicas de contenção e reserva de água
constitui prioridade para evitar riscos hídricos no desenvolvimento do país.
De acordo com João Machatine,
a previsão das necessidades anuais por água sairá de dois para seis mil milhões
de metros cúbicos até 2040, o que impõe que a capacidade de armazenamento seja
elevada dos actuais 58 para 80 mil milhões de metros cúbicos.
“Estes desafios que se colocam
abrem enormes oportunidades para o sector privado, se tomarmos em linha de
conta que as barragens, pela sua multifuncionalidade, sob ponto de vista
energético, agrícola e de abastecimento de água, elevam os indicadores de
retorno de investimento”, disse.
Mais de metade dos rios que
atravessam o território nacional são partilhados com os países a montante, o
que coloca Moçambique numa situação de extrema vulnerabilidade e dependência.
Face ao cenário, o ministro
Machatine disse haver necessidade de definição, revisão e cumprimento
“escrupuloso” dos acordos de partilha dos rios, além da construção de
barragens.
O convite feito semana passada
aos empresários não foi o primeiro. Após a apresentação do estudo de
viabilidade da Barragem de Mapai, norte de Gaza, o ministro reuniu-se com o
sector privado para apresentar as oportunidades que a iniciativa oferece nas
várias componentes, desde a construção em si até à exploração agrícola, geração
de electricidade, entre outras. In “Jornal de Notícias” - Moçambique
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