Uma professora da
PUC-Rio acaba de se tornar a primeira educadora de uma instituição brasileira a
receber o The Royal Society Newton Advanced Fellowship Award, prêmio da
mais antiga academia científica independente do mundo, a The Royal Society, de Londres.
Agnieszka Latawiec é
professora do Departamento de Geografia e Meio Ambiente e foi reconhecida pelo
estudo “Sustentando
a terra de baixo para cima: desenvolvendo modelo conceitual de valoração dos
serviços ecossistêmicos para solos tropicais”.
A
educadora nasceu na Polônia, mas mora há anos no Brasil e só está aguardando
seu processo de naturalização no país para se tornar uma “brasileira no papel”.
De coração já é, pois é casada com brasileiro e adora viver aqui (na
foto que abre este post, ela é a terceira, da esquerda para a direita).
A premiação concedida pela
The Royal Society tem o objetivo de reconhecer, promover e apoiar a excelência e
incentivar o desenvolvimento e uso da ciência para o benefício da humanidade.
Ӄ uma grande surpresa e honra receber
esse prêmio. Nos inscrevemos pela primeira vez para um prêmio tão concorrido e
pensamos que esta provavelmente seria a primeira tentativa de várias. Estou
muito feliz por termos conseguimos e poderei também oferecer, como parte deste
projeto, um intercâmbio para minha doutoranda”, diz Agnieska. “Organizaremos
oficinas tanto científicas, voltadas para pesquisadores, como técnicas para
produtores, com o intuito de mostrar a relevância da ciência de solo para a
funcionalidade dos nossos ecossistemas, cadeia de alimentação e manejo da terra
sustentável.
Segundo a
professora, o projeto pretende ainda demostrar o valor monetário do solo e
destacar quanto dinheiro todos nós perdemos cada vez que o solo se torna
degradado por causa do tratamento inadequado.
O prêmio no
valor de R$ 350 mil irá financiar a pesquisa no Brasil de solos tropicais, em
parceria com universidades britânicas.
Agnieszka, que
também é diretora-executiva do Instituto Internacional Para Sustentabilidade
(ISS) e coordenadora do Centro de Ciências da Conservação e Sustentabilidade do
Rio (CSRio), ressalta a importância da premiação para uma pesquisadora mulher.
Ela afirma que através desse projeto, pretende desmistificar o “medo” que as
ciências físicas causam dentro da Geografia entre os jovens e alunas mulheres,
que são subrepresentadas nesta área. Suzana
Camargo – Brasil in “Conexão Planeta”
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