Pelo menos seis memorandos de
entendimento, de um universo de 20, foram rubricados, em Beijing, capital
da China, por empresas públicas e privadas moçambicanas e chinesas, num fórum
de negócios envolvendo empresários dos dois países.
O banco Millennium-bim
entendeu-se com a Fosun International, empresa que opera na área de finanças,
seguro, turismo e saúde, a empresa pública de telefonia móvel Mcel
(Moçambique-celular) entendeu-se com a Huawei, enquanto a governamental
moçambicana APIEX (Agência para a Promoção de Investimento e Exportações)
conseguiu um entendimento para a promoção de parques industriais em Moçambique.
O recorde em assinar
memorandos de entendimento coube a Administração Nacional de Estradas (ANE),
tutelada pelo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de
Moçambique. Esta leva na bagagem três documentos rubricados.
Lourenço Sambo, director-geral
da APIEX, afirma que tinham sido apresentados 20 propostas de memorandos de
entendimento, mas por “razões técnicas” apenas seis foram acolhidas.
“Já foi bom”, disse Sambo, que
considera o número de participantes ter excedido expectativas.
Os organizadores deste fórum
de negócios contavam inicialmente com a participação de 90 empresários chineses
e 39 moçambicanos, mas acabaram sendo cerca de 350 pessoas, o que, segundo
Sambo, “obrigou-nos a procurar patrocínio de última hora”.
Os moçambicanos integravam a
delegação do seu Presidente da República, Filipe Nyusi, que está em Beijing
para participar segunda e terça-feira na III Cimeira China-África para a
Cooperação.
Coube ao Chefe do Estado a
abertura do fórum. Na ocasião, ele assegurou ao empresariado chinês que
investir hoje em Moçambique já não é um risco e que a cooperação entre os dois
países é uma realidade. “A árvore plantada com amor, ninguém derruba. Ela cria
raízes. A árvore plantada com amor é a verdadeira amizade entre Moçambique e
China porque ninguém vai derrubar”, precisou Nyusi.
Elucidou que no período de
2013 ao primeiro semestre deste ano, foram aprovados 149 projectos
correspondentes a 751 milhões de dólares norte-americanos de investimento
directo estrangeiro, susceptíveis de criar cerca de 20 mil postos de trabalho.
Segundo o enviado da AIM,
Felisberto Firmino, a anteceder a abertura deste fórum, o Presidente recebeu em
audiência representantes de 11 empresas chinesas, entre as quais algumas já
presentes em Moçambique e outras que pretendem se estabelecer no país.
Dentre algumas empresas
recebidas, destaca-se a China Road and Bridge Corporation (CRBC), que tem
estado desde 2014 a construir a ponte Maputo-Ka Tembe, sobre a baia da capital
moçambicana, e a estrada Maputo-Ponta de Ouro.
A sua empreitada inclui também
as pontes Ka Tembe-Ponta do Ouro, e Bela Vista-Boane, perfazendo mais de 200
quilómetros. In “Jornal de Notícias” - Moçambique
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