SÃO
PAULO – Preocupada em chegar ao seu 40º aniversário em 2025 como empresa de
ponta na prestação de serviços de comércio exterior, a Fiorde Logística Internacional acaba de concluir a primeira fase de seu
projeto Fiorde 4.0, que parte de um conceito proposto recentemente, o Indústria
4.0, ou quarta Revolução Industrial.
Esse
fenômeno engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação,
controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura,
aplicação maciça de tecnologia, Internet
of Things ou Internet das Coisas (IoT), processamento em nuvem e uso de
inteligência artificial, entre outras tecnologias, das quais resultou a
Logística 4.0, que surgiu em respostas àquelas tendências.
Como
se sabe, a quarta Revolução Industrial se caracteriza pela utilização de
máquinas controladas pela inteligência robótica, que inclui a robotização das
linhas de produção e utilização de impressoras tridimensionais para a
fabricação de produtos, bem como artefatos que fomentem a produção inteligente.
Assim, a partir de sistemas cyber-físicos, como a IoT e a Internet dos
Serviços, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes,
autônomos e customizáveis.
O
termo Indústria 4.0 se originou a partir de um projeto de estratégias do
governo alemão voltadas à tecnologia e foi usado pela primeira vez na Feira de
Hannover, em 2011. Em outubro de 2012, o grupo responsável pelo projeto,
ministrado pelos físicos Siegfried Dais, da Robert Bosch GmbH, e Henning Kagermann, da Academia Alemã de
Ciências e Engenharia (Acatech), apresentou um relatório de recomendações para
o governo alemão, a fim de planejar sua implantação. Então, em abril de 2013,
foi publicado na mesma feira um trabalho final sobre o desenvolvimento da Indústria
4.0.
Seu
fundamento básico partia do pressuposto de que, conectando máquinas, sistemas e
ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda a cadeia
de valor que podem controlar os módulos da produção de forma autônoma. Ou seja,
as fábricas inteligentes terão capacidade e autonomia para agendar manutenções,
prever falhas nos processos e se adaptar aos requisitos e mudanças não
planejadas na produção.
Já
no setor portuário e no desenvolvimento dos serviços a ele ligados, a Logística
4.0 se caracteriza por tempos curtos de operação, alta conectividade,
informações em tempo real, virtualização de processos e centros de distribuição
inteligentes. Tudo isso em favor do aumento da produtividade, com a utilização
da inteligência artificial para o atendimento à crescente demanda portuária e
ao aumento da competitividade.
Com
base nesses princípios, na primeira fase do seu projeto 4.0, a Fiorde migrou
todo seu processamento bem como sua base de dados para a Amazon, que é a maior
empresa do mundo em fornecimento dessa tecnologia. Dessa forma, conseguiu garantir
100% de disponibilidade do sistema aos seus clientes e colaboradores,
associando esta tecnologia ao que há de mais moderno no que tange à segurança
da informação, ataques cibernéticos, hackers
etc., colocando seus sistemas adequados a atender as mais rígidas exigências de
compliance e proteção de dados.
A
segunda fase do projeto Fiorde 4.0, que já está em andamento, constitui a
utilização efetiva de IoT e inteligência artificial, com o objetivo de agilizar
os sistemas produtivos. Ao mesmo tempo, os profissionais que trabalham na
empresa passam por um processo de adaptação para compreender e trabalhar com a
variedade de tecnologia que os novos tempos impõem. Mauro Dias - Brasil
Mauro
Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística
Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e
Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp). E-mail: fiorde@fiorde.com.br Site: www.fiorde.com.br
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