Rotor
Flettner e efeito Magnus
Existem projetos de navios a
vela que tornam os cargueiros marítimos modernos bem parecidos com seus
similares antes do advento do vapor, mas existem também designs que tornam o navio inteiro uma enorme vela.
O estaleiro finlandês
Norsepower queria algo mais imediato, que tornasse possível dotar os navios
atuais, que já estão navegando, de uma fonte adicional de impulso que lhes
permita economizar combustível.
A solução encontrada é uma
vela rotativa, uma versão modernizada de um rotor Flettner, inventado pelo
engenheiro alemão Anton Flettner há cerca de 100 anos.
A vela rotativa baseia-se no
efeito Magnus, pelo qual o vento que passa por um cilindro giratório move o ar
mais rapidamente de um lado do que de outro, o que resulta em um empuxo a 90º
da direção do vento - o efeito Magnus já foi usado para projetar bolas de
futebol e um sistema de geração de eletricidade usando balões.
Navio
com vela rotativa
A disponibilidade de materiais
compósitos de última geração permitiu construir a vela rotativa de 24 metros
com a resistência necessária, mas também com um peso que permite sua instalação
rápida em navios já operacionais usando guindastes comuns.
A primeira vela rotativa foi
instalada no navio M/S Viking Grace,
que deverá ter uma redução no consumo de combustível de até 30% e redução de
emissões de carbono de 900 toneladas por ano, dependendo da rota - durante os
testes ele está fazendo o trajeto entre Turku, na Finlândia, e Estocolmo, na
Suécia.
Os testes deverão durar até o
final deste ano. Se as previsões de economia se confirmarem, o estaleiro estima
que a vela rotativa poderá ser instalada em até 20 mil navios atualmente em
circulação. In “Inovação Tecnológica” - Brasil
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