A Hidroeléctrica de Laúca,
localizada no rio Kuanza e com uma potência total de 2.070 MW, está prestes a
tornar-se na maior central hidroeléctrica de Angola.
O terceiro grupo gerador vai
entrar em funcionamento no final de Abril, o que vai permitir ultrapassar a
produção de 1.000 MW de potência instalada de energia. Com o pleno
funcionamento destes três grupos geradores, de um total de seis, a
Hidroeléctrica de Laúca consolida-se como a maior central hidroeléctrica de
Angola, superando a potência instalada nas centrais de Capanda (520 MW) e de
Cambambe (960 MW).
Após a entrada em
funcionamento do sexto grupo gerador, o qual se encontra em montagem, Laúca
atingirá uma potência instalada de 2.070 MW, tornando-se numa das maiores
hidroeléctricas da África Austral a par da central de Cahora Bassa, em
Moçambique.
Ao mesmo tempo que produz
energia limpa e renovável e contribui para a estabilidade do sistema eléctrico
nacional, a Hidroeléctrica de Laúca faz o processo de enchimento da maior
albufeira do país.
A previsão é de que até o
final do mês de Abril, o reservatório chegue à sua cota máxima, o que vai
garantir, com boa margem de segurança, uma capacidade de fornecimento de
energia para o próximo período seco previsto para o segundo semestre.
O Aproveitamento
Hidroeléctrico de Laúca é uma obra da iniciativa do Governo de Angola, sob a
responsabilidade do Ministério da Energia e Águas – MINEA e tutelado pelo Gabinete
do Aproveitamento do Médio Kwanza – GAMEK. A construção do empreendimento está
a cargo da Odebrecht, empresa responsável desde a elaboração do projecto
executivo, até à construção das obras civis, fornecimento e montagem dos
equipamentos electromecânicos.
Para transportar a energia aos
principais centros consumidores, o escopo do projecto inclui a execução de 750
quilómetros de linhas de transporte de energia, além da construção e ampliação
de nove subestações. Laúca conta com 95% da força de trabalho composta por
quadros nacionais, e já gerou mais de 13 mil postos de trabalho directos.
Sob a coordenação da
Odebrecht, o empreendimento tem estado a intensificar as actividades de
preservação da biodiversidade e resgate da fauna e flora locais, iniciadas em Março
de 2017, no início do enchimento da albufeira, além do programa de
monitoramento da qualidade da água do Rio Kwanza.
Nesta fase, os programas
sociais da Hidroeléctrica de Laúca com as comunidades circunvizinhas
concentram-se na transmissão de conhecimento e metodologias aos líderes
comunitários.
Para tal, foram criadas as
micro-empresas comunitárias, organizadas em unidades de produção agrícola, de
farinha, pão e sabão. Ao todo, mais de 300 famílias beneficiam-se dos programas
de geração de renda. In “A Verdade” - Moçambique
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