Cidade da Praia – A Cidade da
Praia vai ser o palco do lançamento e apresentação do livro “Casa dos
Estudantes do Império – 50 anos, Testemunhos, Vivência, Documentos”, durante o
VIII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que se realiza de 19 a 21.
Trata-se de um livro que
assinala uma homenagem a “Casa dos Estudantes do Império”, criada em 1944,
proibida pela Policia Política Portuguesa, a PIDE, do regime fascista e fechada
em 1965.
A informação foi avançada à
imprensa hoje pelo responsável da obra, Rui d’Avila Lourido, também coordenador
da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, UCCLA, tendo avançado que o
livro dedica uma homenagem aos antigos presidentes, ainda sobreviventes, que se
deslocaram para este preito em Portugal, sendo daí retratados neste livro.
A Casa dos Estudantes do
Império, CEI, de acordo com este livro, foi criada pelo regime colonial para,
num único espaço, melhor controlar todos os estudantes universitários
provenientes das ex-colónias portuguesas que não possuíam instituições de
Ensino Superior e que tinham assim de prosseguir os em Portugal.
“A CEI permitiu a reunião de
estudantes de todos os territórios sob dominação colonial portuguesa, Goa,
Macau, Timor Leste, de África e, singularmente, também, muitos do país irmão
que é o Brasil, tendo-se transformado , desde o início, num enorme incentivo à
consciencialização da sua singularidade étnica, no caso dos estudantes
africanos e da sua africanidade”, lê-se nesta obra.
Foram associados da Casa dos
Estudantes do Império, ou tiveram participação nela, personalidades
incontornáveis da cultura e da política africana como Agostinho Neto, Amílcar
Cabral, Lúcio Lara, Fernando França Van Dúnem, Joaquim Chissano, Pascoal
Mocumbi, Pedro Pires, Onésimo Silveira, Francisco José Tenreiro, Alda do
Espírito Santo, Vasco Cabral, Pepetela, Alda Lara de entre outras.
A conferência servirá ainda
para o lançamento do livro “A Caminhada” , de Samuel Gonçalves, sendo que vai ainda
ser aproveitada para o lançamento da terceira edição do Prémio Literário UCCLA,
Novos talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa”, referenciado como o “maior
prémio do espaço lusófono”.
“Não há outro prémio do Brasil
a Timor que tenha tantas candidaturas como este de literatura de revelação da
UCCLA”, especifica Rui d’Avila Lourido, sublinhando que o concurso teve 805
candidaturas, inclusive de Cabo Verde, para o júri seleccionar 10 obras após
uma primeira equipa de apreciação. In “Inforpress” – Cabo Verde
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