O Fundo de Desenvolvimento
Agrário (FDA) espera formar, até ao início da campanha, 513 operadores, que
correspondem ao universo dos tractores que estão a ser introduzidos no âmbito
do programa de mecanização agrária em curso no país.
Brasilino Salvador, chefe do
departamento de agro-pecuária no FDA, referiu que até ao momento foram formados
156 operadores, para além dos 56 gestores dos centros de serviços agrários.
Estas são as unidades
desenhadas para a implementação do programa nacional de mecanização agrária,
através da disponibilização de tractores e seus implementos para a preparação
do solo.
“Já entregámos cerca de 65 por
cento dos 513 tractores e respectivos apetrechos aos gestores seleccionados.
Estamos a falar de 332 tractores e temos outros 22 gestores apurados que estão
a assinar os contratos para os tractores em falta”, indicou.
Já foram estabelecidos 69
centros de serviços agrários, sendo 39 privados e 30 públicos. Com os 22 em
fase de estabelecimento, devem totalizar 81 em todo o país.
O programa nacional de
mecanização consiste no aumento dos níveis de produção e produtividade em
Moçambique, através do incremento da área lavrada e indução do uso de insumos.
Contempla ainda o aumento da renda e criação de emprego para os agricultores e
comunidade no geral.
Brasilino falava no final de
uma formação de cinco dias de 27 operadores de máquinas da província de Maputo,
que teve lugar em Mafuiane, distrito da Namaacha.
O programa envolve um
financiamento de 97 milhões de dólares em equipamento e assistência técnica. No
quadro da formação terminada sexta-feira, o fabricante dos tractores LS, no
Brasil, escolhido para esta fase do programa, fez deslocar um técnico para formar
os tractoristas.
A equipa de formadores incluía
técnicos da SOTEMA, empresa encarregue da assistência técnica do equipamento no
país.
A expectativa do Governo é
aumentar a produção com pacotes tecnológicos, insumos e todos os serviços
agrários que devem estar disponíveis para os camponeses.
Ângelo Gonçalves, da LS no
Brasil, destacou a importância da formação dos operadores.
As lições incluíram itens como
produtividade do equipamento, economia de combustível, uso de implementos e
segurança.
Por seu turno, Simões
Gonçalves, sócio-gerente da SOTEMA, deu conta que com empenho e assistência o
projecto de mecanização tem potencial de sucesso.
“A formação é importante. Este
é um processo longo que carece de muita calma. É um desafio também para nós
como empresa de assistência”, reconheceu.
Por seu turno, Armando Cossa,
que gere o Centro de Serviços Agrários de Mafuiane, na Namaacha, referiu que a
formação é oportuna.
“Havia operadores formados,
mas tiveram de tomar contacto com novas máquinas que têm as suas
especificidades. Precisamos de trabalhar com o agricultor do sector familiar.
Se seguirem todo o processo da mecanização, a produção será boa. Temos
extensionistas que nos vão ajudar neste processo. Tudo será muito mais fácil”,
indicou Cossa.
Bernardo Dramos, seleccionado
para o Centro de Serviços Agrários de Massaca, indicou que vai trabalhar
atendendo a projectos de média e grande dimensão e às especificidades da
comunidade que vai solicitar as máquinas. In
“Jornal de Notícias “ -
Moçambique
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