A
Câmara de Matosinhos está disponível em discutir com a homóloga do Porto e a
STCP a gestão das linhas de eléctrico, e interessada no restabelecimento da
ligação com a Invicta.
“O fundamental neste momento é
uma manifestação concreta da vontade de todos os intervenientes de fazer deste
um projecto estruturante no âmbito do transporte turístico entre Porto e
Matosinhos”, afirmou à “Lusa” o vereador com o pelouro dos Transportes e Mobilidade
na Câmara Municipal de Matosinhos, José Pedro Rodrigues.
De acordo com o vereador
(eleito pela CDU), foi já estabelecido um acordo de princípio entre a Câmara de
Matosinhos e a STCP, “com base no compromisso da Câmara de reservar, nos
projectos presentes e no futuro, nas zonas de interesse do carro eléctrico, os
corredores que permitam viabilizar a via-férrea”.
Neste momento, a STCP tem ao
serviço três linhas de eléctrico, todas elas em funcionamento no Porto, sendo a
relevante para Matosinhos a número 1, que liga o Infante, na Ribeira da cidade,
ao Passeio Alegre, na Foz do Douro, ponto a partir do qual seria concebível a
ligação a Matosinhos.
José Pedro Rodrigues realçou
que os “traçados estão relativamente estabilizados”, havendo linha colocada em
Matosinhos para que o eléctrico aceda ao concelho pela marginal e chegue ao
Terminal de Cruzeiros de Leixões, faltando que a ligação seja completada do
lado do Porto.
Segundo Nuno Santos, adjunto
do presidente da Câmara Municipal do Porto, é prematuro avançar para a
discussão de projectos deste teor antes da entrada em vigor do memorando de
entendimento assinado entre o Estado, a STCP e as seis autarquias da Área
Metropolitana do Porto que vão gerir a operação da empresa de transportes, a
ser aplicado a partir de 2017.
No começo de Junho, o
presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, reafirmou que, “neste
momento, não há eléctrico” previsto para a Foz.
Desde 2012 que a STCP tem
registado um crescimento na procura das linhas do eléctrico, atingindo 457 mil
passageiros em 2015, mais 10,5% do que no ano anterior, embora represente 0,7%
da procura global, de acordo com o relatório e contas da empresa de 2015.
Recorde-se que o serviço de
eléctricos não foi incluído na concessão da STCP lançada pelo Governo anterior
e revertida pelo actual. In “Transportes & Negócios” - Portugal
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