Um grupo de arqueólogos
descobriu na Lituânia um túnel usado por judeus durante a Segunda Guerra
Mundial para escapar de um campo de extermínio nazista. A passagem subterrânea,
de 35 metros de comprimento, foi construída há cerca de 70 anos na floresta de Ponar,
onde cerca de 100 mil pessoas foram mortas durante o nazismo.
Apesar das incontáveis
tentativas de encontrá-lo, o trajeto completo do túnel ainda não havia sido
descoberto. Agora, a equipe formada por pesquisadores de Israel, Estados
Unidos, Canadá e Lituânia conseguiu localizá-lo usando técnicas de escaneamento
do solo, usadas para a exploração de petróleo e na indústria de mineração. A
descoberta da passagem reforça os relatos dos sobreviventes que conseguiram
usar a galeria para escapar das atrocidades cometidas no local.
A floresta de Ponar foi usada,
entre 1941 a 1944, para o extermínio e descarte de corpos de dezenas de
milhares de judeus da cidade próxima de Vilna. Prisioneiros do campo de
concentração Stutthof, na Polônia, eram usados pelos nazistas para trabalhar na
escavação de covas coletivas, no empilhamento de corpos e na coleta de madeira
para a incineração.
Foram esses prisioneiros que
escavaram o túnel, a partir da prisão onde passavam as noites. Durante uma
noite de abril de 1944, o grupo se arrastou pelo túnel até a floresta. Contudo,
os guardas descobriram a fuga e perseguiram os prisioneiros. Dos 80 fugitivos,
12 conseguiram escapar e depois contaram suas histórias e indicaram a
localização aproximada da passagem.
“Essa descoberta é um
testemunho reconfortante da vitória da esperança sobre o desespero. A
descoberta do túnel nos permite apresentar não apenas os horrores do
Holocausto, mas também o anseio pela vida”, afirmou Jon Seligman, da Autoridade
Israelense de Antiguidades, em um comunicado. In
“A.N.A.” - Brasil
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