A língua é um problema
indiano: em mais de 28 Estados, que albergam mais de mil milhões de pessoas, há
cerca de 400 idiomas e dialectos. Os dois únicos idiomas oficiais, reconhecidos
pela administração federal, são o Híndi e o Inglês. O português, apesar de não
ser uma língua oficial naquele país, é falado por cerca de cinco milhões de
pessoas, designadamente habitantes de Goa, Damão, Diu e em algumas cidades de
Guzerate. Agora, o líder do partido da oposição, Pratapsinh Rane, exige que as
escolas de Goa não ignorem a importância da língua portuguesa naquele estado
indiano, tornando-a na segunda língua de ensino.
A notícia está a ser avançada
pelo jornal Indian Express.
"Não devemos ter problema nenhum com esta língua. Eu aprendi português
porque os nossos próprios documentos estão na língua portuguesa", disse
Rane, em pleno debate no Congresso, acrescentando que "os partidos têm
discutido este assunto há mais de quatro anos e meio" e que "devem
dar uma conclusão a esta questão". "Sem dúvida, o português deveria
ser a segunda língua que os estudantes se propõem a aprender nas escolas
goesas. Se uma pessoa quiser conhecer a história deste estado, deveria conhecer
esta língua", conclui o líder da oposição.
De momento, no que toca à
língua, há grandes conflitos no congresso indiano: uns querem o konkani, a
língua materna indiana, e outros querem o inglês. O português ainda é falado em
muitas casas goesas, visto que Goa esteve sob o domínio colonial por mais de
450 anos, até ser libertada em 1961. Segundo um census realizado em 2011, em
Goa vivem cerca de 1457723 pessoas. Alexandre Malhado – Portugal in “Sábado”
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