A
Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da CPLP (FME-CPLP) nasce da
necessidade de valorizar o contributo das mulheres para o desenvolvimento
socioeconómico e empresarial dos seus países. Objectivo principal: gerar
negócio, valorizar e afirmar a capacidade das mulheres nos vários setores da
economia e dos negócios
A Federação das Mulheres
Empresárias e Empreendedoras da CPLP foi na passada quinta-feira formalmente
apresentada, depois da Reunião de Assembleia Geral Constituinte que decorreu no
passado dia 29 de Junho, em Lisboa. Maria Assunção Abdula (Empresária
Moçambicana e administradora executiva da Intelec Holdings) foi eleita
presidente da FME-CPLP para o mandato 2016/2020.
Da direcção e como
vice-presidentes fazem parte mulheres representantes de cada país da CPLP:
Angola (a indigitar), Brasil (Monica Monteiro), Cabo Verde (Eunice
Mascarenhas), Guiné-Bissau (Munira Jauad Ribeiro), Guiné Equatorial (Maria
Consuelo Nguema Oyana), Moçambique (Ema O. J. Mossa), Portugal (Felipa
Fernandes Thomaz), São Tomé e Príncipe (a indigitar) e Timor-Leste (a
indigitar). De salientar ainda que esta Federação tem a particularidade de
incluir na direção os Representantes dos Países Observadores da CPLP.
Esta Federação pretende ser um
agregador de mulheres dos nove Países de Língua Oficial Portuguesa e tem como
foco principal gerar negócio, valorizar e afirmar a capacidade das mulheres nos
vários setores da economia. A FME-CPLP estará, também, muito focada em criar e
divulgar programas empresariais de financiamento que ajudem estas mulheres a
expandir o seu negócio ou a criar um de raiz.
«Vamos
trabalhar para valorizar o papel político, económico e financeiro da mulher nas
diversas áreas de negócio, incrementar e melhorar as parcerias, o ambiente de
negócios, o investimento e os modelos de cooperação entre as mulheres
empresárias e empreendedoras», defende a presidente da
FME-CPLP, Maria Assunção Abdula.
E reforça: «Queremos, com trabalho e empenho, dinamizar
e gerar negócio em todos os setores, valorizar e afirmar a capacidade das
mulheres em áreas ainda dominadas por homens como é a da energia e a do
petróleo». De referir que a actividade do sector da energia é uma dimensão
integrante da identidade dos Países da CPLP. Todos os nove países são
possuidores de recursos fósseis e/ou renováveis, em potência e/ou em
exploração. Em 2009, entre 2,4% e 2,8% da produção mundial de energia primária
(fóssil e renovável) veio da CPLP.
Unidas pela língua, mas acima
de tudo pela unidade na diversidade de valores, as mulheres da FME-CPLP querem
também fazer despertar consciência social, criando projectos que alertem para
outras questões como a igualdade de género. Recorde-se que, na IV Reunião de
Ministras da Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres da CPLP,
realizada em Maio, em Díli, Timor-Leste, ficou reconhecido que o empoderamento
económico das mulheres e a sua autonomia económica, designadamente, através do
empreendedorismo feminino, é um fator essencial para alcançar os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável e as metas da Agenda 2030.
«Estamos
a falar de países com diferentes valores culturais, sociais e económicos mas
também, com muito em comum, desde a língua, aos valores que partilhamos e que
nos fazem grandes na igualdade e na diferença. Pessoal e profissionalmente
somos capazes, porque somos mulheres de iniciativa e capacidade de fazer mais e
melhor no mundo dos negócios», conclui Maria Assunção
Abdula. In “Txopela” - Moçambique
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