A Namíbia quer abrir as suas
fronteiras a todos os africanos como forma de mostrar que é possível assumir o
pan-africanismo de alguns dos heróis do continente e erguer uma África liberta
do peso dos golpes de estado e sustentada na dignidade dos seus líderes. E
promete fazê-lo em breve.
A Namíbia vai abolir em breve
a exigência de visto a todos os cidadãos africanos que se desloquem ao país,
garantiu o Presidente Hage Geingob durante uma conferência sobre a política
externa namibiana, dando cumprimento à denominada Agenda 2063 que determina a
criação de um passaporte africano válido em todos os países até 2018. Sem
apontar uma data precisa para a abolição do visto para todos os cidadãos
africanos que atravessem a fronteira do país, o Presidente namibiano sublinhou
que a intenção é integrar todos os africanos na disposição já assumida de não
exigência de visto para todos os diplomatas e entidades oficiais dos estados
africanos.
Citado pelo The Namibian, Hage
Geingob afirmou que o primeiro passo é dar início à emissão de visas à chegada
ao país e, posteriormente, abolir em definitivo a sua exigência para todos os
africanos, porque a política externa de Windhoek estará centrada no
pan-africanismo defendido e afirmado por lideres pan-africanistas como Kwame
Nkruma, Patrice Lumumba, Julius Nyerere ou Sam Nujoma, ex-Presidente namibiano.
Geingob enquadrou esta disponibilidade na perspectiva da “nova África”, uma
África “onde os golpes de estado não são mais admissíveis e onde os lideres se
retiram com dignidade, reflectindo a sua verdadeira narrativa”, considerando
que “é esta África que queremos erguer a partir da Agenda 2063 da União
Africana”. In “Txopela” - Moçambique
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