Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Macau – Cerimónia de encerramento de mais um Curso de Verão de Língua Portuguesa

«Apaixonei-me pela língua portuguesa e pela sua cultura» sintetizou o jovem Benjamim no decurso da cerimónia de encerramento do 33º Curso de Verão de Língua Portuguesa que se realizou na sexta-feira no grande auditório da Universidade de Macau



“Aprender a falar bem o português é obrigatório para se viver e trabalhar em Portugal ou outro país europeu e se quisermos ser bons professores da língua em Macau ou na China”, contou ao JTM a jovem Song, de 18 anos, que veio de Guangdong para aperfeiçoar o português». Contou-nos ainda que sentiu logo «uma paixão pela língua portuguesa desde o início, sobretudo quando o meu professor me aconselhou a desistir do espanhol porque eu não dava uma para a caixa! Ele disse-me que eu tinha mais jeito para o sotaque português. E de facto assim foi».

Song partilhou o apartamento na Universidade com Jiang, de 19 anos, que veio de Hangzhou para melhorar o português que aliás também estuda na sua universidade. Diz que as três semanas do curso «foram óptimas porque esteve em contacto com falantes da língua e isso é essencial na aprendizagem de uma língua», e a prová-lo está o facto de já conseguir dizer algumas frases em português no meio da conversa em inglês. Jiang disse que o calor de Macau e o tufão não lhe deixaram muito tempo para conhecer melhor Macau. Song sorriu e concordou com o factor calor mas acrescentou que Jiang passava as tardes a dormir quando não tinha aulas. A amizades nasceu entre as duas room mates por causa da partilha de quarto na UM. Jiang vai prosseguir os estudos de português na China mas quer voltar a Macau sempre que possível para estudar e aperfeiçoar a língua com a professora Ana Nunes, que considera uma boa mentora da língua.

Este ano o programa do curso oferecia cinco níveis de ensino do Português (iniciação, básico, intermédio, avançado e superior) e todos os que o concluíram estavam aptos a compreender e entabular um pequeno diálogo ou conversação em português e assim o demonstraram nas divertidas encenações que apresentaram em pequenos trechos ensaiados.

Duas filas atrás, no auditório da sessão que contou com a presença de alunos, professores e ainda do Cônsul-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, falámos com Vivian e Isabel que vieram de Tian Jin para melhorar os conhecimentos de língua portuguesa que também estudam na sua universidade natal. Ambas vão prosseguir o estudo do Português e do Inglês para terem hipóteses de um futuro melhor. Tal como as anteriores colegas também partilharam a residência universitária e dizem que o tempo foi pouco para passear devido ao horário intensivo de aulas.

No entanto, todos tiveram tempo para aprender pequenos trechos em português e encenar diálogos divertidos que lançaram a boa disposição no auditório quando um deles terminou a apresentação com a clássica expressão «que chatice!»

O riso foi geral.

Para terminar falámos com Sabina, de Macau, que veio aperfeiçoar o português e está de partida para Portugal onde vai ficar um ano a estudar. Sabina diz que o futuro é falar bem português e chinês. É decidida, macaense, adepta da cultura e da língua portuguesa e desta maneira de ser macaense que aprendeu com a sua família que é internacional porque também tem família em Portugal, para onde segue muito breve. Viver o futuro que a chama.

E ouvimos Benjamim, também de Macau, que fez uma apresentação que se pautou por um brilharete muito aplaudido. O jovem Benjamim acha que «os cursos deverão oferecer oportunidades para nos aproximarmos mais da cultura viva. E tenho de dizer que me apaixonei completamente pela língua portuguesa e pela sua cultura.»

Nesta altura acenderam-se as luzes todas do COTAI. E foi mesmo um brilharete. Anabela M Cruz – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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