Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 17 de agosto de 2019

Macau – Ampliação da Escola Portuguesa encontra-se em consulta pública

A planta de Condições Urbanísticas referente à ampliação da Escola Portuguesa de Macau está em consulta pública até ao final deste mês. Com as alterações, o edifício poderá ter uma altura máxima de 50 metros. Ao Jornal Tribuna de Macau, José Luís Sales Marques diz tratar-se de um passo “muito positivo” e sublinhou ainda o facto de ter sido anunciado que será concedido à Fundação outro terreno onde poderá ser erguida outra escola



Decorre até ao dia 29 mais um período de consulta pública das Plantas de Condições Urbanísticas que depois serão debatidas no Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU). A lista de 10 projectos inclui o da ampliação da Escola Portuguesa de Macau (EPM).

A planta refere que a altura máxima prevista do edifício, na Zona C, onde deverá ocorrer a ampliação, é de 50 metros. “O novo edifício a construir na Zona C deverá ficar devidamente distanciado das construções situadas na zona A de forma a que se possa continuar a apreciar o aspecto exterior das mesmas”, lê-se na planta.

“A concepção arquitectónica da construção nova deve estar em harmonia com as construções situadas na zona A”, é também referido.

Em fase de anteprojecto e projecto de arquitectura deverá ser ouvido o parecer do Instituto Cultural. O Instituto para os Assuntos Municipais manda que se mantenham as árvores existentes no terreno, porém, caso não seja possível, deve ser solicitado o apoio do organismo para as transplantar “noutros lugares da área do respectivo terreno”.

Ao Jornal Tribuna de Macau, José Luís Sales Marques frisou que a emissão da planta é um passo “muito positivo”. “Estamos muito satisfeitos por ter saído essa planta, embora, obviamente, não esteja em condições de fazer comentários sobre o que é permitido ou não porque isso são questões de carácter técnico e só depois de consultar o arquitecto é que poderemos ter uma ideia mais precisa”, começou por referir o membro do Conselho de Administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau.

“De qualquer forma, é positivo porque, como é sabido, a escola precisa de alguns trabalhos de recuperação e ampliação, até porque o número de alunos tem vindo a crescer, portanto, é bom sinal. Agora vamos trabalhar, fazer o que é preciso fazer”, destacou Sales Marques acrescentando que com a planta “já sabemos o que é possível fazer”.

O membro do Conselho de Administração da Fundação da EPM fez questão ainda de recordar que foi atribuído um novo polo. “Portanto, a Fundação vai ter duas escolas, a EPM e uma nova escola que será num terreno que será concessionado, aliás, foi já um anúncio feito pelo Executivo. Vamos ter duas unidades sob a nossa responsabilidade, portanto, para a continuidade e bom funcionamento da EPM são necessárias algumas obras e ainda bem que a planta sai agora, quer dizer que, a partir de agora, temos condições materiais, de referência urbanística, para avançar com os outros passos que são necessários”.

O Jornal Tribuna de Macau contactou ainda Carlos Marreiros, arquitecto responsável pelo projecto de ampliação da EPM que, nesta fase, se escusou a fazer comentários.

Intervenção em São Lázaro

Disponível para análise do público está ainda um projecto para a área de São Lázaro. O edifício é propriedade privada e tem finalidade não industrial.

Qualquer intervenção ficará sujeita a um parecer do Instituto Cultural (IC) que emitiu condicionamentos como a preservação da fachada sem aumento de cércea, a utilização de reboco pintado nas fachadas e caixilharias de madeira ou metal nas janelas e portas e a manutenção das características da cobertura inclinada com revestimento em telha chinesa.

O edifício deverá prever soluções próprias para a instalação de aparelhos de ar condicionado, não sendo permitida a instalação destes equipamentos na fachada com frente para a via pública, evitando-se que fiquem sobre a via pública quaisquer canos de escoamento de águas.

Também sujeito aos condicionamentos impostos pelo IC está um projecto pensado para a Taipa, próximo da antiga Fábrica de Panchões.

O projecto com finalidade industrial deverá manter as árvores existentes no terreno, porém, caso não seja possível, terá de solicitar apoio ao IAM para a transplantação. No rol de exigências inclui-se também a manutenção da morfologia do solo e da zona verde existentes, destinada a tratamento paisagístico e deve ser instalada uma vedação ao longo do limite da área.

O IC manda também que se mantenham as características do muro de pedra construído ao longo da Estrada do Coronel Nicolau de Mesquita e do Beco da Pérola e que preserve a edificação da antiga fábrica de panchões. É preciso ainda “preservar o arco, a inscrição ‘Fábrica de panchões Him Un Iec Kei Chan’ e as respectivas escadas de pedra, situadas em frente do Beco da Pérola”.

Também deve ser mantido o pórtico gravado com a designação da Fábrica de panchões e as portas em forma de arco situados em frente da Estrada Coronel Nicolau de Mesquita.

Lam Mau vai ter novas infra-estruturas para idosos

Da lista de Plantas de Condições Urbanísticas a consulta pública até ao final deste mês constam dois projectos de infra-estruturas para idosos, ambos na Avenida Marginal do Lam Mau. Em ambos os casos, em fase anteprojecto e projecto de arquitectura deverão ser ouvidos os pareceres do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes e do Instituto de Acção Social. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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