Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Cabo Verde - Legado de Dulce Almada Duarte será fonte de inspiração para todos os estudiosos da língua e cultura cabo-verdiana

Cidade da Praia – A Fundação Amílcar Cabral (FAC) lamentou a morte da professora, linguista e combatente da liberdade da pátria Dulce Duarte, considerando que o seu legado deixado será fonte de inspiração para todos os estudiosos da língua e cultura cabo-verdianas.

Num comunicado de imprensa, a FAC destacou o contributo de Dulce Almada Duarte da dignificação nossa língua materna e edificação do Estado soberano de Cabo Verde.

“A Fundação Amílcar Cabral curva-se perante a memória da distinta combatente da liberdade da pátria e membro da sua organização, da ilustre mulher de cultura, estudiosa e activista da dignificação da nossa língua materna”, lê-se na nota, que salienta que Dulce Duarte foi uma pessoa de “elevada estatura moral”, cujo amor por Cabo Verde a levou a estar na linha da frente do combate pela auto-determinação e edificação do Estado soberano de Cabo Verde.

A mesma fonte lembrou, por outro lado, que Dulce Almada Duarte assumiu funções de elevada importância no seio do PAIGC durante a luta de libertação nacional, afirmando que a sua ausência será sentida pelos homens e mulheres de cultura e pelos seus companheiros da gesta libertadora e não só.

“O seu legado será fonte de inspiração para todos os estudiosos da língua e cultura cabo-verdiana, de que foi uma das pioneiras no seu estudo. A Fundação Amílcar Cabral endereça aos filhos Karim e Fidel e à família enlutada os seus sentimentos de pesar e de muita amizade e solidariedade”, realçou a FAC.

Dulce Almada Duarte nasceu em 1933 , na ilha de São Nicolau. Formada em filologia em 1958, pela Universidade de Coimbra (Portugal), foi também pioneira nos estudos da língua cabo-verdiana e umas das primeiras cabo-verdianas a ter formação superior.

Depois de um breve período como professora no Liceu Gil Eanes, na ilha de São Vicente, onde conheceu aquele que viria a ser o seu marido, Abílio Duarte, ruma, em 1960, para França, a convite da Universidade Sorbonne, para ser leitora de Português na Faculdade de Letras da Universidade de Caen, na Normandia (França).

Dulce Almada Duarte, faleceu esta segunda-feira, 19, na Cidade da Praia, nas vésperas de completar 86 anos. In “Inforpress” – Cabo Verde

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