Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Portugal - Medway pede mais e mais depressa para a ferrovia

O presidente da Medway defende que o Governo avance “mais depressa” com as intervenções previstas na rede ferroviária para tornar Sines “num porto ibérico” e mais competitivo



“O Governo anunciou um conjunto de intervenções na ferrovia e os operadores portuários, marítimos e ferroviários gostariam que fosse feito mais do que está projectado e mais depressa e lamentamos que os projectos em curso não sejam mais ambiciosos”, referiu Carlos Vasconcelos.

O líder da Medway falava durante um debate promovido, em Sines, pela Plataforma Alentejo – Estratégia Integrada de Acessibilidade Sustentável do Alentejo nas ligações Nacionais e Internacionais para discutir a importância estratégica da ferrovia da região no sistema portuário nacional.

“Gostaríamos que os projectos acelerassem, porque só assim estaremos em condições de Sines se afirmar como um porto ibérico”, acrescentou o também presidente da MSC, o principal cliente do Terminal XXI de Sines.

No entender de Carlos Vasconcelos, a aposta na ferrovia deve passar igualmente por “concretizar alguns projectos” ou encontrar “soluções logísticas” que façam chegar todos os comboios até Espanha e, com isso, “aumentar o movimento de mercadorias”.

No encontro, em que participaram também Jorge d’Almeida, presidente da Comunidade Portuária de Sines, e Manuel Tão, professor e investigador da Universidade do Algarve, Carlos Vasconcelos, defendeu ainda que é preciso investir “em traçados mais curtos, eliminar as pendentes e uma maior capacidade de cruzamento de comboios de forma a aumentar a circulação” na Linha do Sul.

Manuel Tão aposta na Linha do Alentejo

Durante o debate, Manuel Tão defendeu a aposta em linhas ferroviárias alternativas e na modernização da Linha do Alentejo para valorizar duas grandes infra-estruturas na região: o porto de Sines e o Aeroporto de Beja.

“Necessitamos de uma redundância, porque Sines, na sua condição de porto global e de águas profundas, não pode ficar dependente de um só itinerário de ligação a Espanha e a Linha do Alentejo, com um traçado muito bom em termos de geometria e poucas pendentes, vai resolver vários problemas”, afirmou.

De acordo com o especialista em planeamento de transportes, o país deve “injectar mais capacidade” na ferrovia, tendo em conta o crescimento dos comboios de mercadorias e do transporte de passageiros e, para que isso aconteça, disse, “não é necessário construir de raiz” novas linhas.

“A Linha do Alentejo completamente modernizada vai absorver comboios que sejam necessários de e para Sines, venham eles de Madrid ou de qualquer outra região, mas vai resolver o problema dos Intercidades do Algarve”, adiantou.

Segundo Manuel Tão, a modernização da Linha do Alentejo poderá passar por uma candidatura ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que permitiria “a electrificação integral do troço Casa Branca/Beja, com a renovação integral de via e a instalação de comando de tráfego centralizado”, concluiu. In “Transportes & Negócios” - Portugal

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