Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Moçambique - Desafios da segurança alimentar e nutricional

Moçambique perde anualmente cerca de 1,6 bilhões de dólares devido à desnutrição crónica, anunciou segunda-feira, 15 de Outubro, em Maputo, o representante da FAO em Moçambique, Olman Serrano.

Explicou que na escala global a malnutrição custa à economia mundial cerca de 3,5 triliões de dólares.

“Em Moçambique, o estudo sobre a fome, realizado no ano de 2017, revelou que o país perde anualmente mais de 10,9 do seu PIB, devido à desnutrição crónica, que corresponde à perda, anualmente, de cerca de 1,6 bilhões de dólares. A fome é principalmente circunscrita à área específica, nomeadamente, terras degradadas pelos conflitos, secas, pobreza”, disse Serrano durante uma mesa-redonda sobre os desafios da segurança alimentar e nutricional face à fome zero em Moçambique.

O encontro, de um dia, reuniu especialistas da FAO e do governo moçambicano e insere-se nas comemorações do Dia Mundial de Alimentação que se assinalou na segunda-feira. Serrano fez questão de chamar atenção sobre o rápido crescimento populacional que se regista em Moçambique.

Advertiu que, por isso, o aumento da produção e produtividade deverá ocorrer na mesma superfície de terra disponível. Aliás, a FAO estima que 70 por cento de tal crescimento terá que advir da eficiência gerada por avanços tecnológicos.

Por seu turno, o ministro moçambicano da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marrule, reconhece que apesar dos sucessos registados no combate à insegurança alimentar ainda persistem desafios.

“Moçambique já deu passos significativos ao reduzir a prevalência da população sujeita à insegurança alimentar de 50 para 24 por cento nos últimos dez anos. Contudo, entendemos que ainda é pouco, pois apesar desses esforços ainda persistem desafios ligados ao acesso a alimentos nutritivos e à resiliência aos choques climáticos que têm um grande impacto na produção agrícola, quer ao nível mundial, quer ao nível local.

Por isso, as políticas do governo estão orientadas para as zonas rurais, como forma de alavancar o papel da mulher rural destas zonas, em particular, e produtores, de uma forma geral, que na sua maioria praticam uma agricultura de subsistência”, disse Marrule. In “Jornal de Notícias” - Moçambique

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