Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

São Tomé e Príncipe - FAO lança projeto para combater alterações climáticas

Ilha de São Tomé


Iniciativa acontece em mais nove países e custa US$ 54 milhões; em São Tomé e Príncipe devem ser restaurados cerca de 36 mil hectares de floresta e beneficiadas 17 mil pessoas; Guiné-Bissau também faz parte do programa que durará cinco anos.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, lançou um projeto de US$ 4,6 milhões em São Tomé e Príncipe para ajudar a combater as mudanças climáticas no país.

Objetivos

O coordenador subregional para a África central da FAO, Helder Muteia, explicou à ONU News, de São Tomé, os objetivos da iniciativa.

“É um projeto de restauração de paisagem, particularmente com enfoque nos recursos florestais e nos recursos do solo, como forma de combater os efeitos das mudanças climáticas e garantir que o país consegue fortalecer os seus elementos de resiliência e possa, sim, desenvolver-se de forma sustentável.”

Muteia, que também é representante da FAO no Gabão além de São Tomé e Príncipe, disse que cerca de 36 mil hectares de floresta devem ser restaurados no país. No total, espera-se que 295 mil toneladas de dióxido de carbono, CO2, sejam sequestradas como resultado deste trabalho.

Custos

Segundo Muteia, o projeto deve incentivar a partilha de conhecimentos e criar parcerias entre organizações internacionais, sociedade civil e todas as forças presentes no terreno. A agência da ONU espera beneficiar cerca de 17 mil pessoas em comunidades rurais.

“Sabemos que muitas vezes estas iniciativas de conservação têm um custo. Por isso, é preciso que as pessoas que estão integradas tenham atividades económicas que permitam recuperar os custos de conservação. São Tomé e Príncipe é um dos países mais ameaçados pelas mudanças climáticas, particularmente com a subida do nível das águas do mar, que pode ameaçar alguns elementos do ecossistema.”

Parceria

Helder Muteia também acredita que a participação de dois países lusófonos no projeto deve fortalecer uma parceria que já existe dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.

“A nível da CPLP, existe uma plataforma de trabalho conjunta para erradicar a fome e a má nutrição nesses países. Esses esforços estão, não só na área da produção de alimentos, mas também na disponibilidade, partilha e todos os elementos que têm a ver com a segurança alimentar. Mas atuação a nível da recuperação dos recursos que sustentam a vida no planeta também ajuda, e é por isso que este projeto vai ajudar.”

Além de São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, o projeto será implementado nos Camarões, Paquistão, Mianmar, Quénia, República Democrática do Congo, Tanzânia, República Centro-Africana e China. In “Ndependenxa” – São Tomé e Príncipe com “Rádio ONU”

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