Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 11 de agosto de 2018

Açores - O mistério das pirâmides



Anzois, pontas de metal, ossos, conchas, pesos de redes de pesca, utensílios de basalto, carvões e outros fragmentos de peças de cerâmica, foram descobertos nas primeiras escavações arqueológicas autorizadas pelo Governo Regional dos Açores, às misteriosas pirâmides da Ilha do pico.

As sondagens estiveram a cargo de Nuno Ribeiro e Anabela Joaquinito, que encontraram depósitos de artefactos antigos que tudo indica serão anteriores à descoberta dos Açores pelos portugueses em 1427. Entretanto os arqueólogos a cargo da Câmara Municipal da Madalena detetaram dezenas de pirâmides no local, que chegam a atingir alturas de 13 metros, pelo menos 140, algumas destruídas ou parcialmente derrubadas por sismos ou pela ação humana.

A memória popular e alguns estudos etnográficos indicam que ‘estas estruturas, conhecidas por maroiços, datam dos séculos XVII a XIX, para limpeza dos solos para a prática de agricultura’. A própria palavra maroiço significa monte de pedras associado, precisamente, à limpeza de terrenos agrícolas.

Esta explicação não convence alguns historiadores que referem existir ‘várias edificações com mais de dez metros de altura, seguindo a mesma orientação geográfica” e porque no território português ’não encontramos esta opção arquitetónica em mais nenhum local’. Em contrapartida há paralelos arquitetónicos com regiões do Mediterrâneo, na ilha Sicília, junto ao Monte Etna, por exemplo.

Confrontada com as fotografias das construções na Sicília, a população da Madalena referiu que eram iguais aos maroiços. Para além disto há outros indícios arquitetónicos de origem pré portuguesa das pirâmides do Pico, como a existência de degraus e a decoração com pináculos no topo, mas o mais espantoso é o facto de ‘estas estruturas obedecerem às mesmas orientações das outras pirâmide, com aparentes motivações astronómicas e sugerindo rituais funerários’, refere o arqueólogo Nuno Ribeiro.

O presidente da Câmara da Madalena salienta que ‘o envolvimento do município neste processo é norteado pelo forte empenho na defesa da verdade histórica e na necessidade de conhecer e preservar as raízes do nosso povo’. No entanto o edil mostra reservas e admite que a prova definitiva da origem pré-portuguesa das pirâmides ‘terá que ser obtida através de uma datação clara e inequívoca dos materiais encontrados’. Para José António Marcos Soares o reconhecimento e a comprovação de todos estes achados permitirá novas oportunidades de desenvolvimento turístico. In “Mundo Português” - Portugal

As incríveis estruturas não passaram despercebidas às objetivas da National Geographic que lhes dedicou este filme documentário.

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