Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 5 de junho de 2018

Brasil - Cada vez mais interessado nas relações comerciais com a China

O vice-ministro do Comércio e Serviços do Brasil sublinhou na passada sexta-feira o “interesse renovado” do Governo brasileiro em intensificar as relações comerciais com a China e lembrou que Macau irá servir como plataforma de integração “pela língua e cultura”.

Em Macau para o seminário sobre o Comércio de Serviços entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Douglas Finardi Ferreira identificou “três áreas principais” que chamam especialmente a atenção do Brasil. “Falamos da capacitação mútua entre os países, a parte de troca de investimentos e, por último, a divulgação da lusofonia”, disse aos jornalistas à margem do evento, organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).

Questionado sobre o Fundo de Cooperação para os Países de Língua Portuguesa, o governante admitiu que já “existe um fundo bilateral específico entre Brasil e China para investimento”. No entanto, “é provável que o fundo de Macau possa ajudar as empresas mais pequenas”, até porque “70% da economia brasileira é representada por microempresas e o valor mínimo do investimento Brasil-China é muito alto, na ordem dos 100 milhões de dólares”, acrescentou a vice-ministra adjunta, Renata Carvalho.

O Brasil quer continuar a acompanhar a China porque o gigante asiático – que já é o seu maior parceiro a nível comercial – “vai ser líder mundial”, disse à imprensa Dácio Pretoni, consultor internacional da Confederação Nacional de Serviços do Brasil. “Na área dos serviços, principalmente no sector da tecnologia, o Brasil tem muito a exportar e a China é a importadora desses serviços”, declarou Pretoni. “Esta relação bilateral é muito favorável” e, neste sentido, “existem iniciativas de ambos os países, inclusive, através de Macau, para que incubadoras e fundos de investimento venham a promover start-ups, para que soluções brasileiras entrem no mercado chinês e vice-versa”, concluiu.

Em 2017, as trocas comerciais entre a China e a Lusofonia fixaram-se em 117.588 milhões de dólares norte-americanos, verificando-se um crescimento de 29,4%. In “Ponto Final” - Macau

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