São-Tomé – O governador do
Banco Central de São-Tomé e Príncipe, BCSTP, Hélio Almeida anunciou, no tradicional balanço económico do fim do ano, que a economia são-tomense
deverá registar um crescimento do PIB na ordem de 4%, a inflação deverá
manter-se em 6,5%, tendo perspetivado para 2018 um crescimento de 5% em matéria
de estabilidade de preços.
Citando as estimativas ainda
provisórias, Hélio Almeida disse que “ a economia deverá registar no fim do
exercício, um crescimento do Produto Interno Bruto, PIB na ordem dos 4% em
linha com crescimento registado nos últimos dois anos” tendo referenciado a
contribuição do sector do turismo em parceria com as áreas de construção,
comércio e domínio financeiro.
Tendo estimado que “a inflação
se mantenha a um dígito, situando-se em 6,5%” o governador do Banco Central
são-tomense fez referência aos choques do lado da oferta de produtos locais
terem registados “alguma pressão inflacionista, sazonal” nos meses de Abril e
Junho tendo contribuído para uma inflação acumulada de 6,1% até Novembro contra
os 5,4% do período homólogo.
No contexto de estabilidade de
preço, Hélio Almeida perspectivou para o ano de 2018 “ um crescimento na ordem
de 5%, sustentado, em grande medida por investimento público” tendo defendido “a
revitalização do sector privado” para impulsionar as exportações bem como o
reforço do processo de convergência nominal e da sustentabilidade do regime
cambial fixo em vigor.
O crédito a economia
apresentou um incremento na ordem de 3% insuficiente para fazer face a
tendência contracionista da massa monetária, que registou uma diminuição de 6% afirmou
o governador tendo sublinhado que o rácio de liquidez do sistema bancário
situou-se em 60%, nível muito elevado acima dos valores de referência (20%).
As importações de bens ascenderam
a 108 milhões de dólares, representando um incremento em trono de 12% face ao
período homólogo enquanto as importações de bens de capital aumentaram em 26,3%
sugerindo uma “maior contribuição das importações para a formação bruta de
capital fixo”.
Disse ainda que as exportações
registaram nos primeiros onze meses, “um modesto crescimento em 3,5%” face ao
igual período anterior, resultante da redução no volume das exportações de
cacau que sofreu um decida em cerca de 33% do preço desta commodite no mercado internacional, tendo-se resultado numa
situação deficitária nos saldos da balança comercial e da conta corrente.
Relativamente a reforma
monetária de 2018 que visa o reforço da confiança em Dobra (a moeda
são-tomense) – o governador do Banco são-tomense sublinhou que “a introdução da
nova família da Dobra com corte de 3 zeros exige de todos são-tomenses um
esforço inicial de apropriação e conversão” tendo apelado envolvimento de todos
na consolidação desse “bem público”. In
“STP Press” – São Tomé e
Príncipe
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