Moçambique
e o Zimbabwe manifestaram, ontem, a intenção de reforçar as relações de
cooperação bilateral nas áreas política, económica, económica e diplomática
Maputo - A intenção foi
manifestada à imprensa pelos Presidentes dos dois países, respectivamente,
Filipe Nyusi e Emmerson Mnangagwa, no final de três horas de conversações
bilaterais, à porta-fechada, que marcaram a visita que o estadista zimbabweano
efectuou nesta quarta-feira ao país.
"Os nossos países devem
continuar a trabalhar juntos para trilhar o caminho do progresso" disse o
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, no seu discurso de ocasião, chamando o
sector privado dos dois países, para ser mais activo na exploração das
oportunidades e potencialidades existentes.
"É preciso sermos ousados
na busca de parcerias para a exploração das oportunidades existentes"
disse Nyusi, dando como exemplo, o sector dos recursos naturais.
Para além das históricas relações
na área político-diplomática, Moçambique é dos principais fornecedores da
energia eléctrica para o Zimbabwe. A par deste serviço, Harare tem no Porto da
Beira, uma das soluções para o seu comércio com o mundo.
Emmerson Mnangagwa disse, por
sua vez, que os dois países precisam de dar outra dinâmica a cooperação,
apostando numa parceria que privilegie resultados.
O Estadista zimbabweano falou,
sem detalhar, sobre acordos assinados que, no entanto, não foram materializados
e exortou para que a nova fase de cooperação que agora inicia, seja diferente
da anterior.
"Nós vamos exigir
resultados. Não queremos mais trabalhos ministeriais que não tragam resultados
palpáveis. Queremos que os nossos ministros sejam proactivos e nos tragam
resultados" vincou Mnangagwa.
Paralelamente à cooperação
bilateral, Mnangagwa falou do processo de transição que afastou Robert Mugabe
do poder. Segundo ele, a transição foi e continuará a ser pacífica e o seu
antecessor e seu legado serão preservados e tratados com a devida consideração.
Sobre as eleições gerais
previstas para este ano, numa data ainda por anunciar, Mnangagwa assegurou que
estas vão obedecer os padrões democráticos e de transparência e liberdade,
previstos pelos princípios da SADC e União Africana. In “Folha
de Maputo” - Moçambique
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