O
professor António Saldanha descobriu um Manuscrito datado do século XVI onde
são abordados vários tópicos da vida da sociedade chinesa durante a Dinastia
Ming
António Saldanha, professor do
Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de
Macau (UM) apresentou recentemente um documento histórico que é considerado um
“grande contributo para o estudo da história dos primórdios das relações Sino-Ocidentais”.
De acordo com a UM, o
documento encontrado é um manuscrito que discorre detalhadamente sobre vários
tópicos da sociedade chinesa da Dinastia Ming, incluindo “o sistema social,
legal, judiciário, político e tributário, a organização geográfica e
administrativa e as culturas popular e de elite”.
O autor foi um mercador
português que passou 13 anos em cativeiro em Cantão, após ser capturado em 1549
pelo general Zhu Wan, superintendente dos assuntos militares responsável pela
defesa costeira de Zhejiang e Fujian, durante a erradicação da pirataria na
fronteira de Fujian e Guangdong.
O documento escrito em Macau,
depois da libertação do seu autor, foi enviado para a Europa onde passou
despercebido. Agora pode ser acrescentado à lista dos primeiros seis
manuscritos europeus escritos pelos portugueses durante a sua permanência em
diferentes partes da China, entre 1520 e 1560. Pensa-se que estes documentos
foram as bases da percepção Ocidental da China como “o paradigma de um Império
Asiático poderoso, organizado e altamente civilizado”.
António Saldanha é perito nos
primórdios da história das relações Sino-Ocidentais, nos Impérios Ibéricos na
Ásia e em História de Macau.
O documento foi apresentado na
inauguração da quinta conferência de “Macaulogia” intitulada “Macaulogia e o Desenvolvimento
de Macau”, presidida pelo director da Faculdade de Ciências Sociais, Hao Yufan.
In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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