O Novo Banco anunciou em
cerimónia no Museu dos Coches, a criação formal da marca NB Cultura, um
projecto que reflecte o seu compromisso e do Estado, através do Ministério da
Cultura, de preservar, promover e partilhar com a sociedade portuguesa o seu
relevante património cultural e artístico, através de parcerias com entidades
públicas e privadas, como museus e universidades, de âmbito nacional e
regional.
O primeiro protocolo, assinado
esta segunda-feira entre o Novo Banco e a Direcção Geral do Património
Cultural, constitui o início de um processo, e servirá de referência para esta
estratégia de preservação e fruição pública da colecção NB.
Pintura
A pintura a óleo do séc.
XVIII, “Entrada Solene, em Lisboa, do Núncio Apostólico Monsenhor Giorgio
Cornaro”, que a partir de agora ficará exposta em permanência no Museu Nacional
dos Coches, através de um contrato de depósito, é considerada a obra mas
importante do núcleo de pintura do NB.
A obra representa um raro e
importante registo iconográfico que nos dá a conhecer um cortejo seiscentista
que inclui coches, e liteiras, semelhantes aos que estão expostos no Museu. A
exposição desta obra no ambiente escolhido fomenta um diálogo entre vários
tipos de peças artísticas, contextualizando-as e permitindo aos públicos um
maior conhecimento sobre a época em questão.
Colecção
O Novo Banco cria assim a
marca NB Cultura, reunindo sob um único conceito toda a colecção, com o
objectivo último de preservar e divulgar o seu vasto património, assente em
quatro pilares:
Colecção de Pintura – Conjunto
de mais de 90 obras relevantes de pintura portuguesa e europeia de várias
épocas;
Colecção de Fotografia
Contemporânea – Entre as melhores colecções empresariais do mundo;
Biblioteca de Estudos
Humanísticos – Das mais valiosas bibliotecas particulares especializadas em
estudos humanísticos;
Colecção de Numismática – Uma
das maiores e mais completas colecções de numismática portuguesa.
No que respeita à colecção de
Pintura do Novo Banco será concretizado um programa de depósito descentralizado
da colecção de pintura, colocando à fruição pública 97 obras de relevante valor
artístico, em vários museus espalhados pelo território nacional.
O
Novo Banco destaca:
Obras dos séculos XVI e XVII
(Os Financeiros – pintura de meados do século XVI atribuída a Quentin Metsys; A
Torre de Babel – pintura de meados do século XVII da Escola Flamenga; ou a
Entrada em Lisboa do Núncio Apostólico Georgio Cornaro – pintura de finais do
século XVII).
Pintura estrangeira de finais
do século XVIII, onde se destacam as paisagens de Jean Baptiste Pillement,
nomeadamente uma interessante representação de um dos momentos que seguiram o
naufrágio do navio de guerra San Pedro de Alcântara, nas falésias da Papoa, em
Peniche.
E obras os séculos XIX e XX:
destacando-se no núcleo de pintura portuguesa, obras de mais de trinta autores
entre os quais: António Silva Porto, José Malhoa, Artur Loureiro, Júlio Sousa
Pinto, Eduardo Malta, Júlio Pomar, Júlio Resende, Eduardo Viana, Maria Helena
Vieira da Silva, Manuel d’Assumpção, Carlos Botelho, Manuel Cargaleiro, Mário
Dionísio, Nikias Skapinakis, Ângelo de Sousa, Jorge Pinheiro, Graça Morais,
Pedro Croft, entre outros.
O núcleo conta ainda com um
conjunto de 4 relevantes Portulanos – Mapas antigos dos portos conhecidos. In “Agricultura
e Mar Actual” - Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário