O
novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção desde 2004 por empresas
chinesas nos arredores da capital angolana, só deverá iniciar operações em
2019, um atraso de dois anos face à previsão anterior, afirmou o ministro dos
Transportes
Augusto Tomás disse, no final
de uma visita ao empreendimento pelo novo Presidente de Angola, João Lourenço,
que o custo da empreitada de construção do aeroporto, incluindo acessos,
ultrapassa já os 6000 milhões de dólares.
O novo aeroporto está em
construção no município de Icolo e Bengo, a 30 quilómetros da capital. O início
da operação chegou a ser anunciado para o primeiro semestre de 2017, mas o
ministro dos Transportes, argumentando com dificuldades financeiras, disse que
a obra está concluída em apenas pouco mais de metade, pelo que só deverá haver
condições para começar a funcionar no final de 2019.
A construção do aeroporto está
a cargo da China International Fund Limited (CIF), contratada pelo governo angolano
por 3800 milhões de dólares. Os equipamentos foram adjudicados à China National
Aero-Technology International Engineering Corporation por 1400 milhões de
dólares.
O consórcio da China Hyway
Group Limited foi escolhido em 2015 para construir o acesso ferroviário ao
aeroporto, estando a empreitada de construção e fornecimento de equipamentos
para as cinco novas estações do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) orçada em 255
milhões de dólares.
Somam-se a construção do
respectivo ramal ferroviário desde a actual Estação de Baía do CFL ao novo
aeroporto internacional de Luanda (num total de 15 quilómetros), por 162,4
milhões de dólares, e o programa de obras e intervenções nos acessos viários de
692,7 milhões de dólares, envolvendo igualmente empresas chinesas.
O projecto é financiado por
fundos englobados na linha de crédito aberta pela China para permitir a
reconstrução de Angola, depois de terminado um período de três décadas de
guerra civil. In “Transportes & Negócios” - Portugal
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