O artista Sebastião Resende
venceu a 11ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso (PASC), com a obra “A
memória da luz não ilumina”, tendo sido escolha unânime do Júri, constituído
por António Cardoso, em representação do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso
(MMASC), Laura Castro, Lúcia Matos, João Pinharanda e Sérgio Mah.
Sebastião Resende, que vai
receber 12.500,00 euros, foi um dos quatro artistas convidados pela organização
para concorrerem ao PASC, sendo os restantes Alexandre Conefrey, Gonçalo Pena e
Patrícia Garrido.
O “Prémio Aquisição do Grupo
dos Amigos da Biblioteca Museu”, no valor de 7.500,00 euros, foi atribuído a
Maria José Oliveira, pela obra “O Corpo Costelas (O Corpo Contentor)”, que
passará a integrar o espólio do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso
(MMASC).
O Júri da 11ª edição do Prémio
Amadeo de Souza-Cardoso havia já atribuído, extra-concurso, ao pintor Jorge
Pinheiro, o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, uma distinção que pretende
consagrar a carreira daquele artista.
Em consequência, a Câmara
Municipal de Amarante, fará a aquisição de uma ou mais obras de Jorge Pinheiro,
até ao montante máximo de 25.000,00 euros, sendo ainda o pintor convidado a
realizar uma exposição de obras suas em espaço nobilitador do Museu Municipal
Amadeo de Souza-Cardoso, com catálogo apropriado.
A
entrega dos prémios referentes à 11ª edição do PASC será feita em Sessão Solene
que decorrerá a 18 de novembro.
A Exposição do PASC pode ser
vista entre 18 de novembro de 2017 e 25 de março de 2018. À 11ª edição do
Prémio Amadeo de Souza-Cardoso concorreram 356 artistas com 623 obras, tendo
sido selecionados 24 artistas e 30 obras.
O Júri da 11ª edição do Prémio
Amadeo de Souza-Cardoso atribuiu, extra-concurso, ao pintor Jorge Pinheiro, o
Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, uma distinção que pretende consagrar a
carreira daquele artista.
Em consequência, a Câmara
Municipal de Amarante, fará a aquisição de uma ou mais obras de Jorge Pinheiro,
até ao montante máximo de 25.000,00 euros, sendo ainda o pintor convidado a
realizar uma exposição de obras suas em espaço nobilitador do Museu Municipal
Amadeo de Souza-Cardoso, com catálogo apropriado.
Com um percurso artístico
iniciado nos anos 60, Jorge Pinheiro é autor de uma obra que contribuiu para
esbater as fronteiras entre disciplinas artísticas, renovar os respetivos
modelos de apresentação e desbravar os múltiplos caminhos que por essa década
se abriam à prática artística.
O seu trabalho apresenta aspetos
singulares no panorama contemporâneo português, particularmente pelo domínio de
distintas linguagens e registos em que se destacam a abstração geométrica e a
figuração de matriz classicizante, os valores compositivos e as propostas de
sentido metafísico.
Na pintura e nos desenhos
preparatórios, na criação de objetos tridimensionais, Jorge Pinheiro tem
produzido uma obra vasta e diversa em que se evidenciam, por um lado, um
profundo conhecimento dos padrões e arquétipos académicos que lhe permitem abordar
o legado erudito da arte ocidental e, por outro, uma dimensão experimental de
grande originalidade. Num campo como noutro, a sua obra revela uma
extraordinária gama de referências oriundas da literatura, do cinema, das artes
visuais ou da geometria.
A exploração persistente de um
espetro tão amplo de possibilidades da criação artística, confere-lhe um lugar
único na arte portuguesa.
Natural
de Coimbra, Jorge Pinheiro nasceu em
1931. Formou-se em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, em
1963. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian nos anos de 1966/67, em
Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Holanda, Inglaterra e, entre 1979 e
1980, na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, Paris, onde frequentou o
Seminário Hubert Damisch, tendo realizado estudos na área da semiótica das
artes visuais. Foi Assistente na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre
1963 e 1976, Professor Agregado da Faculdade de Belas Artes da Universidade de
Lisboa, entre 1976 e 1996, e Professor Catedrático convidado da Universidade de
Évora, entre 1996 e 2001. O seu currículo assinala 40 exposições individuais,
realizadas entre 1958 e a atualidade e a participação em mais de 150 exposições
coletivas no país e no estrangeiro. Obteve diversos prémios que consagraram a
sua obra a partir de 1954, salientando-se: Medalha de Prata Cinquentenário da
Morte de Amadeo de Souza-Cardoso (1969), Menção Honrosa do Prémio Soquil
(1970), Prémio da III Exposição Nacional da Fundação Calouste Gulbenkian
(1981), Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (2003). In “amadeosouza-cardoso”
- Portugal
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