O Instituto Cultural (IC)
admite a possibilidade de avançar com a classificação de protecção cultural do
edifício que alberga o convento jesuíta construído na Colina da Ilha Verde.
Numa resposta enviada ao Jornal Tribuna de Macau, o organismo garantiu que poderá
vir a tomar medidas adequadas caso o estado de preservação do convento
apresente “grande ameaça” ou o interesse público seja “afectado”.
Fu Wai Kit, representante do
proprietário do lote, deslocou-se ontem até à propriedade para contestar o que
diz ser uma caso de ocupação ilegal. De acordo com o jornal “Exmoo News”, Fu
Wai Kit acusou o segurança de estar a permitir a ocupação de trabalhadores
não-residentes, aos quais alegadamente são cobradas rendas mensais.
Além disso, alega que o mesmo
segurança terá fechado, em Maio deste ano, a porta do edifício com vista a
impedir os inspectores dos Serviços das Obras Públicas de procederem a uma
acção de fiscalização.
Este é, de resto, um caso
antigo, sendo que o conflito entre o proprietário e ocupante já seguiu pela via
judicial. O IC garante que a Colina da Ilha Verde é um bem classificado e
“merece protecção”, mas ainda não foi possível identificar o real proprietário
do terreno devido a vários factores.
Em causa estão divergências e conflitos
entre sócios da propriedade, nomeadamente os responsáveis pela empresa “Wui
San” e o empresário que contraiu o empréstimo para a compra do terreno, a
pedido dessa companhia.
Ao mesmo tempo, o IC asseverou
estar a acompanhar a situação “mantendo uma boa comunicação com o
proprietário”.
Já a vice-presidente da
Associação dos Moradores de Macau, Chan Fong, mostrou-se preocupada com o
ambiente da Colina da Ilha Verde. Em declarações ao Jornal Tribuna de Macau,
Chan Fong indicou que após a passagem do “Hato”, ficaram “muitas árvores
antigas destruídas”, incluindo classificadas pelo Governo.
Na sua opinião, o Governo deve
intervir no sentido de abrir caminho para o desenvolvimento do terreno, o que
pode “envolver muitos serviços públicos”. Para isso, “deve ser criado um grupo
interdepartamental para melhor planear a zona da Colina da Ilha Verde”,
sugeriu.
Quanto à construção do Novo
Acesso entre Macau e Zhuhai na zona, Chan Fong critica o facto do “Governo ter
vindo a recusar interferir na protecção do convento por ser propriedade
privada”. No entanto, “deve primeiro melhorar o ambiente [da zona]”, disse. Viviana Chan – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário