Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Lusofonia - Centenário de “Clepsidra” celebrado com leituras da obra em português, inglês e espanhol

Foi em 1920 que Camilo Pessanha publicou “Clepsidra”. Como forma de assinalar os 100 anos da obra do poeta que morreu em Macau, a Lisbon Poets & Co. está a partilhar vídeos com leituras de poemas do autor em português, inglês e espanhol. A editora apresenta as primeiras traduções integrais de “Clepsidra” em inglês e espanhol



Camilo Pessanha publicou “Clepsidra” há um século. Foi em 1920 que o poeta, visto como o expoente máximo do simbolismo português, publicou a obra. Agora, como forma de comemorar os 100 anos de “Clepsidra”, a editora Lisbon Poets & Co. está a partilhar, nas redes sociais, vídeos  com leituras dos poemas da obra feitas em português, inglês e espanhol. As leituras são feitas por Jeffrey Childs, Jeronimo Pizarro, María Matta, Helena Buescu, Paulo Franchetti e André Carrilho.

Até quarta-feira, a editora, em parceria com um conjunto de onze livrarias independentes em Portugal e com a rede de Livrarias da Travessa no Brasil, vai partilhar um conjunto de vídeos com leituras de poemas de “Clepsidra” não só em português como em inglês e espanhol. As leituras serão feitas pelos tradutores Jeffrey Childs, Jeronimo Pizarro, e María Matta, pela autora Helena Buescu, pelo escritor brasileiro Paulo Franchetti e pelo ilustrador André Carrilho. “Eu vi a luz em um país perdido”, “Crepuscular”, “Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas”, “Fonógrafo” e “Imagens que passais pela retina” são alguns dos poemas lidos.

Com introdução da professora catedrática da Universidade de Lisboa, Helena Buescu, as duas edições bilingues, português-espanhol e português-inglês, publicadas pela Lisbon Poets & Co. são as primeiras traduções integrais da obra poética de Pessanha nessas línguas.

Num vídeo já partilhado na página da editora, Helena Buescu, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, descreve a obra: “É uma poesia dramática no sentido teatral do termo. É um teatro não do ser, como dizia Fernando Pessoa, mas talvez um teatro do não ser. Um teatro de pós-vida”. A poética de Camilo Pessanha em “Clepsidra” é a imagem “de alguém que viu passar algo irrepetível”, considera a professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

“Clepsidra” é o único livro publicado por Pessanha e é considerada uma das mais influentes obras da poesia moderna portuguesa. Depois de ter sido publicado há 100 anos, o livro original foi ampliado por João de Castro Osório, tendo-lhe sido acrescentados poemas encontrados posteriormente. A obra final é composta por quatro partes: Sonetos, poesias, versos dispersos e fragmentários; e poemas chineses traduzidos.

Camilo Pessanha nasceu em Coimbra, em 1867. Lá, tirou o curso de Direito e, em 1894, transferiu-se para Macau, onde foi professor de Filosofia Elementar no Liceu de Macau. Em 1900 deixou de leccionar e foi nomeado conservador do registo predial em Macau e depois juiz de comarca. Camilo Pessanha Morreu em Macau em 1926 e está sepultado no Cemitério São Miguel de Arcanjo. André Vinagre – Macau in “Ponto Final”

andrevinagre.pontofinal@gmail.com

Sem comentários:

Enviar um comentário