Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Japão – Estátua perturba relações com a Coreia do Sul



O governo do Japão reagiu com indignação a uma estátua na Coreia do Sul que parece retratar o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ajoelhando-se e curvando-se diante de uma “mulher de consolo” - um eufemismo para as mulheres forçadas a trabalhar como prostitutas em bordéis do Japão em tempos de guerra.

O secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, disse que, se relatos sobre a estátua em exibição forem verdadeiros, será um caso de violação “imperdoável” do protocolo internacional.

“Se os relatos forem precisos, haverá um impacto decisivo nas relações Japão-Coreia”, disse Suga numa conferência de imprensa em Tóquio.

O chefe do jardim botânico particular que encomendou a obra disse que a figura ajoelhada pretende retratar qualquer pessoa que possa estar em posição de se desculpar formalmente pelo erro histórico, e não Abe em particular.

“Se essa pessoa for Abe, isso seria bom”, disse Kim Chang-ryul à Reuters, que não previu que a estátua agravasse uma disputa diplomática já complicada.

O sítio do jardim localizado no condado rural de Pyeongchang baptizou a estátua de “Expiação Eterna”.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul disse que pode haver um protocolo internacional para se levar em consideração, mas não quis comentar mais, dizendo tratar-se de um gesto de um cidadão.

O tema das mulheres de consolo, a maioria coreanas obrigadas a trabalhar em bordéis japoneses antes e durante a Segunda Guerra Mundial, e a questão da compensação das vítimas tem sido fonte de tensão desde há muito tempo.

O Japão considera o tema “final e irreversivelmente resolvido” por um acordo firmado em 2015 por Abe e pela então presidente sul-coreana, Park Geun-hye, por meio do qual o primeiro-ministro japonês pediu desculpas e prometeu um fundo de apoio às sobreviventes.

Mas o governo do actual presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, na prática anulou o acordo. Estátuas semelhantes de jovens mulheres foram colocadas diante da embaixada japonesa em Seul em homenagem às vítimas.

As relações agravaram-se no ano passado, quando Tóquio adotou restrições à exportação de materiais de alta tecnologia para a Coreia do Sul após um tribunal sul-coreano ter ordenado que empresas japonesas pagassem indemnizações a coreanos forçados a trabalhar para elas durante a guerra. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau

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