Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 16 de dezembro de 2018

Negro Caravel


















Así che falín un día
camiñiño de San Lois,
todo oprimido de angustia,
todo ardente de pasión,
mentras que ti me escoitabas
depinicando unha frol,
porque eu non vise os teus ollos
que reflrexaban traiciós.

“Quixente tanto, meniña
tívenche tan grande amor,
que para mín eras lúa,
branca aurora e craro sol;
auga limpa en fresca fonte,
rosa do xardín de Dios,
alentiño do meu peito,
vida do meu corazón”

Dempois que si me dixeches,
en proba de teu amor,
décheme un caraveliño
que gardín no corazón.
¡Negro caravel maldito,
que me fireu de dolor!
Mais a pasar polo río,
¡o caravel afondou!…

“Quixente tanto, meniña
tívenche tan grande amor,
que para mín eras lúa,
branca aurora e craro sol;
auga limpa en fresca fonte,
rosa do xardín de Dios,
alentiño do meu peito,
vida do meu corazón”

Tan bo camiño ti leves
como o caravel levou.

Versos de: Rosalía de Castro – Galiza

Adaptado para a canção de Sabela – Galiza

Música: Rosa Cedrón e Cristina Pato - Galiza




Cravo negro

Assim te falei um dia
a caminho de São Luís,
todo oprimido de angústia,
todo ardente de paixão,
enquanto que tu me escutavas
desfolhando uma flor,
para que eu não visse nos teus olhos
que refletiam traição.

“Quis-te tanto, menina
tive tão grande amor,
que para mim eras a lua,
branca aurora e claro sol;
água limpa em fresca fonte,
rosa do jardim de Deus,
alento do meu peito,
vida do meu coração”

Depois me disseste,
que como prova do teu amor,
davas-me um cravinho
que guardei no coração.
¡Cravo negro maldito,
que me feriu de dor!
Mas ao passar pelo rio,
¡O cravo afundou! …

“Quis-te tanto, menina
tive tão grande amor,
que para mim eras a lua,
branca aurora e claro sol;
água limpa em fresca fonte,
rosa do jardim de Deus,
alento do meu peito,
vida do meu coração ”

Tão bom caminho te leve
como ao cravo levou.

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