A escritora afro-brasileira Rosália Diogo, como oradora principal de mais uma edição da tradicional Maka à Quarta-Feira, dissertou a problemática do tema "Diálogos, confluências entre a literatura angolana e brasileira”, realizada na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda
A actividade contou com as participações do escritor Akiz Neto, que esteve na mesa da presidência e as poetisas Isabel Santos e Kanguimbo Ananás. Segundo Rosália Diogo, a confluência literária entre o continente africano e o Brasil, está directamente ligada a Angola.
A escritora que se encontra pela primeira vez no país, considera-se uma africana na diáspora, que se apresenta como afro-brasileira. Para a oradora, é incontornável que se reafirme as confluências literárias, porque poucos conhecem a cultura africana por via das letras.
No primeiro dia de Janeiro de 2003, no mandato do Presidente, Luís Inácio Lula da Silva, disse, tinha instituído várias leis que previam o estudo da História de África e da cultura afro-brasileira nos currículos escolares no território brasileiro.
De acordo com a escritora, na época, a decisão de Lulas da Silva foi vista como uma medida revolucionária, porque o Brasil “é um país extremamente racista”, afirmou Rosália Diogo. "No Brasil, só são conhecidos escritores mais antigos, como Agostinho Neto, Pepetela e Gabriela Antunes e outras poucas obras, devido ao intercâmbio que alguns escritores brasileiros tiveram com autores angolanos, como Elsa Barber, Marta Santos e Sara Fialho.” Ao iniciar a sua intervenção, Rosália Diogo, rendeu uma homenagem ao poeta e Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, como um dos escritores mais conhecido no Brasil, pelo seu desempenho político directo na luta de libertação nacional angolana”.
Rosália Diogo é professora, escritora e jornalista. Tem uma ampla experiência em jornalismo, literatura e psicologia social. Graduada em jornalismo pela Universidade de Belo Horizonte, é autora dos livros "Mídia e Racismo" e "Rasuras no espelho de Narciso", além de co-autora de obras sobre racismo, em parceria com académicos de Moçambique, Portugal e Brasil. Amilda Tibéria – Angola in “Jornal de Angola”
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