O Chefe do Executivo garantiu que vai continuar a impulsionar a cooperação entre a China e os países lusófonos através da plataforma de Macau. Sam Hou Fai também adiantou que este ano vai liderar delegações da RAEM em visitas quer a países da lusofonia quer a países do Sudeste Asiático
No discurso proferido na ocasião, Sam Hou Fai começou por lembrar, mais uma vez, as palavras de Xi Jinping aquando da sua passagem por Macau, nomeadamente a exigência de que a RAEM reforce a “conectividade tanto com o continente como com o resto do mundo”. Assim, dirigindo-se aos cônsules e delegados presentes, o Chefe do Executivo garantiu que Macau “irá certamente proporcionar novas oportunidades e plataformas para o estreitamento de relações de cooperação”.
“Macau irá tirar pleno partido das próprias vantagens únicas para reforçar a sua função de conexão, tanto com o continente como com o resto do mundo, para desempenhar melhor o seu papel enquanto ponte e plataforma”, afirmou.
O líder do Governo apresentou então algumas ideias para pôr em marcha esse foco na cooperação. A primeira das quais é “continuar a impulsionar com empenho a cooperação entre a China e os países lusófonos”. “Macau, sendo a única região no mundo que tem o chinês e o português como línguas oficiais, desempenha um papel importante de plataforma na promoção da cooperação económica e comercial estabelecida entre a China e os países de língua portuguesa”, referiu, acrescentando que, “no processo de abertura e intercâmbio da RAEM com o exterior, é muito importante e tem um significado relevante a manutenção do intercâmbio e cooperação com os países de língua portuguesa”.
Sam Hou Fai lembrou também que, entre Janeiro e Novembro do ano passado, as trocas comerciais entre a China e os países lusófonos atingiram 208,6 mil milhões de dólares americanos, um aumento de 4,35% em comparação com o período homólogo de 2023, tendo-se registado “resultados frutíferos” em várias áreas de intercâmbio e cooperação, como as áreas humanas da ciência e tecnologia, ensino, saúde e turismo. No futuro, a ordem é para “enriquecer e alargar mais” o papel e as funções da plataforma sino-lusófona.
Outro desígnio apresentado pelo Chefe do Executivo tem a ver com o intercâmbio entre a RAEM e os países do Sudeste Asiático. “A RAEM e os países do Sudeste Asiático, incluindo as Filipinas, geograficamente próximos, têm uma cooperação económica e comercial estreita, com intercâmbio intenso de pessoas e na área cultural, sendo tradicionalmente bons vizinhos e bons parceiros”, assinalou o Chefe, notando que a população filipina na RAEM equivale a cerca de 5% do total, dando “contributos valiosos para o desenvolvimento socioeconómico de Macau”.
“Temos de aproveitar esta boa base de cooperação tradicional para, em conjunto com os países do Sudeste Asiático, agarrar novas oportunidades, explorar mais potencialidades de cooperação em todas as vertentes e fomentar maiores progressos na cooperação entre Macau e os países do Sudeste Asiático”, frisou Sam.
Por fim, Sam Hou Fai disse esperar que se intensifique o intercâmbio e que se aperfeiçoem os mecanismos de cooperação, “no sentido de alavancar de forma abrangente o intercâmbio e cooperação ao nível do sector privado”. O Chefe do Executivo adiantou ainda que este ano vai liderar delegações da RAEM em visita a países de língua portuguesa e do Sudeste Asiático para “impulsionar a cooperação” em diversas áreas. André Vinagre – Macau in “Ponto Final”
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