O «Porto Precision Diagnostics Meeting» vai reunir mais de 100 especialistas para partilhar os mais recentes avanços em diagnóstico e tratamento
Pioneiro em Portugal e na Europa na implementação de testes genéticos de última geração, que têm revolucionado o diagnóstico e o tratamento de cancro, o Ipatimup Diagnósticos organiza, no próximo dia 16 de janeiro, a primeira edição do «Porto Precision Diagnostics Meeting».
O objetivo deste encontro é reunir mais de 100 especialistas nacionais e internacionais e promover a discussão e partilha dos mais recentes avanços científicos nesta área. A edição deste ano será dedicada às biópsias líquidas, uma técnica não invasiva e mais segura para o doente, que permite, através de uma análise ao sangue, decidir a terapia mais eficaz e direcionada.
Com cerca de dez mil testes moleculares realizados anualmente para a maioria dos hospitais (públicos e privados) e centros clínicos em todo o país, desde Braga até ao Algarve, «o Ipatimup Diagnósticos, enquanto laboratório de referência, assume a responsabilidade de avançar com um encontro pioneiro nesta área. Aqui fazemos testes genéticos usando sequenciação de nova geração que nos permitem estudar centenas de genes e vários tipos de alterações genéticas com grande detalhe e precisão», explica Jorge Lima, vice-diretor do Ipatimup.
Estes testes, adianta o investigador, “podem ser feitos diretamente no material do tumor que é removido na cirurgia ou, cada vez mais, recorrendo a material circulante, aquilo a que designamos biópsia líquida, uma técnica que utiliza amostras de sangue para identificar fragmentos de material genético libertados pelo tumor”. Essa abordagem tem-se mostrado uma alternativa mais segura e menos invasiva, além de permitir a deteção de alterações genéticas numa fase precoce e poder prever a evolução da doença.
Os testes moleculares de última geração são cada vez mais usados pelos médicos em doentes oncológicos porque permitem estudar um grande número de genes, em detalhes mais precisos, e com maior precisão. De acordo com Jorge Lima, «esses testes permitem, por exemplo, identificar biomarcadores que possam apontar terapias direcionadas, especialmente em cancros mais difíceis de tratar, como o cancro do pulmão, onde as opções de tratamento podem ser limitadas».
Por exemplo, explica o vice-diretor do Ipatimup, “quando uma pessoa é diagnosticada com um cancro do pulmão em fase avançada, precisa de fazer uma biópsia, mas este procedimento pode não ser exequível porque acarreta demasiados riscos. Nestes casos, podemos recolher uma amostra de sangue para fazer o teste e procurar, nesta amostra, as alterações genéticas que possam ajudar o médico na decisão terapêutica”. São, aliás, os médicos assistentes responsáveis pelo tratamento do doente que pedem estes testes com o objetivo de tomarem uma decisão terapêutica devidamente informada.
A inscrição no «Porto Precision Diagnostics Meeting» é gratuita, mediante o preenchimento prévio do respetivo formulário. Universidade do Porto
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