O Banco Mundial e o Banco
Europeu acabam de disponibilizar cerca de 26 milhões de euros para
investimentos em Energias Renováveis em São Tomé e Príncipe. O acordo foi
assinado no passado dia 22 de Agosto pelo Ministro das finanças santomense,
Américo Ramos e a representante do Banco Mundial para São Tomé e Príncipe,
Clara Sousa.
O acordo surge na sequência da
aprovação do Conselho de Administração do Banco Mundial de uma concessão financeira
da Associação Internacional de Desenvolvimento, IDA, do grupo Banco Mundial.
Esta decisão tomada a 5 de
julho deste ano ganha agora consistência e faz avançar o objetivo de
diversificar as fontes de energias renováveis no arquipélago e melhorar o sistema
de fornecimento de eletricidade. Mais de 14 milhões de euros serão financiados
pelo Banco Mundial e quase 12 milhões sairão dos cofres do Banco Europeu de
Investimento.
O dinheiro será canalizado
para reabilitar a central hidroelétrica do Rio Contador, melhorar o
fornecimento de energia e atualizar a rede de distribuição e instalação de
contadores (RFI) proporcionando um maior e melhor fornecimento de energia a
cerca de 90 mil consumidores da rede da Empresa Nacional de Água e
Eletricidade, EMAE.
O Ministro das
Infraestruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente de São Tomé e Príncipe,
Carlos Vila Nova referiu à Agência Lusa que “O primeiro troço e o primeiro
investimento vai ser para a central de Contador. Hoje com 2 turbinas dá-nos 2
megawatts.
Com os novos equipamentos e o
trabalho de investimento feito, a central vai dar 4 megawatts” (numa altura em
que São Tomé e Príncipe consome 26 megawatts).
A meta ambiental deste
arquipélago é ter em 2020 metade da produção de energia com recurso às energias
renováveis. “Em 2020 prevemos ter uma penetração de energias renováveis na
ordem dos 50%” disse o Ministro Carlos Vila Nova à Agência Lusa.
Esta meta inclui requalificar
barragens hidroelétricas e expandir o número de painéis fotovoltaicos.
A central hidroelétrica de
Bombaim também irá ser reativada proporcionando depois 4 megawatts.
Quanto à produção fotovoltaica
para já há um acordo assinado com um consórcio escocês no sentido de se
proceder à produção de 4 megawatts através de painéis fotovoltaicos colocados
nos telhados.
Prevê-se ainda a construção de
centrais a gás natural, ainda que segundo o próprio ministro este seja um
objetivo mais difícil de atingir já que o atual sistema de abastecimento
energético está muito debilitado.
São Tomé e Príncipe consegue
desta forma responder aos efeitos das mudanças climatéricas e proporcionar um
desenvolvimento sustentável aos seus habitantes. In
“Portal Energia” - Portugal
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