A alfabetização e educação de
adultos passa, a partir de 2017, a ser em línguas locais mais faladas, com
vista a facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
Para tal, o Ministério de
Educação e Desenvolvimento Humano está já preparado, tendo mobilizado o corpo
docente e o material didáctico.
O vice-ministro do pelouro,
Armindo Ngunga, que revelou o facto ontem na Beira, província de Sofala, por
ocasião do 8 de Setembro, Dia Mundial de Alfabetização, sublinhou que depois de
dominar a leitura e a escrita numa língua nacional qualquer pessoa não terá
problemas na Língua Portuguesa.
Segundo o governante, a
iniciativa resulta do facto de apesar dos 40 anos de Alfabetização e Educação
de Adultos em Moçambique ainda existir um elevado número de pessoas que não
sabem ler nem escrever. Nesta condição estão três milhões de moçambicanos,
sobretudo mulheres.
Para isso, referiu que é
preciso que o país faça uma reflexão no sentido de cada um apreender a ler e a
escrever na sua própria língua para que o Português seja de fácil compreensão.
O vice-ministro da Educação e
Desenvolvimento Humano sublinhou que a alfabetização joga um papel de relevo em
Moçambique, principalmente na educação da sociedade.
Referiu também que não se pode
construir um país desenvolvido com elevado número de analfabetos, entre jovens
dos 15 aos 18 anos de idade.
O problema de fundo, conforme
considerou, é que muita gente que não sabe ler e escrever em Moçambique,
paradoxalmente, já passou pelas escolas e depois desistiu.
Defendeu que as meninas devem
permanecer nos estabelecimentos de ensino e apelou, nesse sentido, aos pais e
encarregados de educação para contribuírem no combate aos casamentos prematuros
e gravidezes precoces.
Numa mensagem apresentada na
ocasião, os alfabetizadores voltaram a falar da falta de pagamento do subsídio
aos voluntários, que no ano passado só receberam subsídios referentes aos
primeiros quatro meses. Horácio João –
Moçambique in “Jornal de Notícias”
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