Casa Verde |
Apesar do tecto já ter sido
demolido, Carlos Marreiros dissipou quaisquer dúvidas garantindo que as telhas
vermelhas serão repostas de modo a manter as características arquitectónicas
portuguesa do edifício. “Depois de renovada, a casa ficará igual ao que era
antes”, assegurou o arquitecto.
Por sua vez, a Direcção dos
Serviços dos Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) esclareceu ao Jornal
Tribuna de Macau que a preservação da fachada foi decidida na sequência de um
parecer emitido pelo Instituto Cultural (IC).
De acordo com a licença da
obra, a “Casa Verde” é propriedade do Governo, no entanto, depois da
remodelação, o edifício será ocupado pela Fundação Henry Fok, criada em 2002
com a finalidade de apoiar o desenvolvimento nas áreas da educação, desporto,
saúde, ciência, entre outros fins.
Segundo a DSSOPT, o
concessionário da “Casa Verde” entregou uma proposta de alargamento do edifício
em Março de 2014. Após uma avaliação, que envolveu o respectivo parecer do IC,
a licença de obra foi emitida em Novembro de 2015.
A DSSOPT explicou ainda que,
para além da manutenção da fachada e do interior do edifício, a parte que será
alargada deve manter a mesma altura.
O projecto da obra divide-se
em duas partes. A primeira inclui remodelações dos interiores, reparação do
tecto, entre outros, enquanto que a segunda fase contempla a construção de uma
nova zona a norte do actual edifício.
O arquitecto Carlos Marreiros
salientou ainda que o desenho do projecto vai seguir os requerimentos do
Governo. Isto é, “não vai ser mais alto, nem um centímetro, do que o original”.
Além disso explicou que a
parte adicionada não é concretamente um alargamento, mas antes uma reformulação
da sala que existia no projecto original.
No futuro, segundo revelou o
arquitecto, a “Casa Verde” será um espaço para acolher exposições, palestras e
convívios. Segundo o mesmo responsável, as obras deverão ficar concluídas antes
do final do próximo ano.
De acordo com o IC, o edifício
situado na Estrada Nova, atrás do Quartel de São Francisco, foi construído no
início do século passado, e está classificado como uma moradia tradicional
portuguesa. Além disso, embora a “Casa Verde” não esteja classificada com
património cultural tem valor arquitectónico, assegurou o IC.
Recorde-se que, entre 2002 e
2014, a Fundação Henry Fok doou 700 milhões de renminbis para vários projectos,
incluindo donativos para as zonas afectadas pelo sismo nas Províncias de
Sichuan e Qinghai.
A Fundação também ajudou à
construção do Centro Aquático Olímpico de Pequim, e desde que foi criada tem apoiado
várias áreas no território. Henry Fok, bilionário de Hong Kong que ajudou Stanley
Ho a fundar a STDM, faleceu em 2006. Winnie Fok, esposa de Chui Sai On, é sua
sobrinha. Viviana Chan – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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