Os
governadores de três estados do Brasil – Mato Grosso, Acre e Rondónia –
assinaram esta semana um protocolo de intenções para a construção de uma linha
de caminho-de-ferro que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, noticiou a
imprensa brasileira.
A cerimónia de assinatura do
protocolo de intenções, segunda-feira, 08 de Fevereiro de 2016, em Ji-Paraná,
Rondónia, contou com as presenças do embaixador da China no Brasil, Li
Jinzhang, e de um grupo de 23 empresários chineses que estão a efectuar uma
ronda pelas cidades que virão a ser beneficiadas com a construção da denominada
“Ferrovia Transoceânica.”
Este protocolo é resultado
de uma parceria estratégica e dos 35 acordos assinados pela presidente Dilma
Rousseff e pelo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, em 19 de Maio passado,
um dos quais contempla o estudo de viabilidade da construção da Ferrovia
Transoceânica, que, de acordo com o projectado, sai do Rio de Janeiro, passa
por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondónia, Acre e termina no Peru.
Especialistas citados pela
imprensa brasileira afirmam que os investimentos na linha de caminho-de-ferro podem
ascender a 10 mil milhões de dólares, sendo os mais beneficiados os produtores
rurais do Mato Grosso, que teriam um percurso mais curto para escoar as
respectivas colheitas, principalmente de soja.
A China importou em 2014
daquele estado brasileiro produtos no valor de 4,9 mil milhões de dólares, dos
quais 4,6 mil milhões de dólares na fileira soja – grão, farelo e óleo.
A “Ferrovia Transoceânica”
terá uma extensão de 5 300 quilómetros, 4 400 dos quais em território brasileiro,
levará seis anos a ser construída e conta já entre os interessados com a China
International Water & Electric Corporation (CWE), uma subsidiária da China
Three Gorges Corporation (que em Portugal controla a EDP). In “Transportes
& Negócios” - Portugal
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