Um total de 820 novos postos
de trabalho serão criados no país com a aprovação na passada terça-feira, pelo
Conselho de Ministros, do plano de desenvolvimento do projecto FNLG Coral Sul,
que visa a extracção e liquefacção de gás natural usando uma plataforma
flutuante em alto mar.
Dos 820 postos de trabalho a
serem criados 90 por cento serão preenchidos por mão de obra nacional a ser
profissionalmente capacitada para o efeito.
A implementação deste projecto
vai também permitir a captação de recursos externos através das operações de
exportação de gás natural liquefeito, contribuindo para o reforço das reservas
internacionais.
O projecto, a ser implmentado
ainda este ano pela ENI East Africa, está localizado na área 4 da Bacia do
Rovuma e numa primeira fase permitirá a extração de 4,7 triliões de pés cúbicos
de gás natural e a produção de 3,37 triliões de gás natural liquifeito (LNG).
Segundo o Ministério dos
Recursos Minerais e Energia, o Plano de Desenvolvimento hora aprovado constitui
a primeira fase, uma vez que se estima que na área 4 da Bacia do Rovuma existam
cerca de 15,65 triliões de pés cúbicos de gás natural.
Assim, de acordo com a mesma
fonte, os projectos subsequentes de exploração do remanescente gás natural do
reservatório coral e de toda a descoberta e sua liquefacção serão objecto de
planos de desenvolvimento específicos a aprovar oportunamente pelo Governo.
A aprovação deste plano vai
catapultar o desenvolvimento da zona norte do país através de implantação de
infra-estruturas básicas de apoio ao funcionamento operacional.
A descoberta, efectuada em
Maio de 2012 e definida em pormenor em 2013, provou a existência de 16 biliões
de gás natural de elevada qualidade a uma profundidade de mais de 2000 metros e
a uma distância de 80 quilómetros da baía de Palma, província de Cabo Delgado.
O plano de desenvolvimento
contempla a realização de seis furos e a construção e instalação de uma
plataforma flutuante para o processamento de gás natural, que terá uma
capacidade de 3,4 milhões de toneladas por ano.
O grupo ENI é o operador do
bloco Área 4, com uma participação indirecta de 50% através da ENI East Africa,
que controla 70% do bloco, sendo os restantes parceiros os grupos português
Galp Energia, sul-coreano Kogas, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, todos
com 10% cada, e a China National Petroleum Corporation, com uma participação
indirecta de 20%. In “Jornal de Notícias” - Moçambique
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