Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Brasil - Movimentação portuária nacional ultrapassa um bilhão de toneladas em 2015

O setor portuário nacional (portos organizados + terminais de uso privado) movimentou no ano passado 1,007 bilhão de toneladas. O número representou um crescimento de 4% em relação a 2014. Essa informação é do Anuário Estatístico Aquaviário 2015 da ANTAQ, produzido pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho e divulgado na passada quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016.

A movimentação de carga nos portos organizados em 2015 cresceu 0,7% em relação a 2014. Já a movimentação nos terminais de uso privado (TUPs) cresceu 5,9%. “De 2010 a 2015, o crescimento da movimentação portuária alcançou 20%”, detalha o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, Fernando Serra.

Serra ressalta que, nos últimos cinco anos, os TUPs aumentaram sua participação na movimentação de contêiner. Em 2010, os terminais de uso privado respondiam por 15%. Em 2015, esse número alcançou 26%.

Analisando por região, o Anuário trouxe que o Sudeste respondeu por 52% da movimentação portuária nacional. O Nordeste movimentou aproximadamente 25% do total de cargas.

Santos

O Porto de Santos liderou mais uma vez a movimentação de cargas no país. Em segundo, aparece Itaguaí (RJ). Em terceiro, Paranaguá (PR). Na quarta e quinta posições, estão Rio Grande (RS) e Itaqui (MA), respectivamente.

De acordo com o Anuário, o perfil de carga dos portos organizados é o seguinte: 59% granéis sólidos, 21% contêineres, 15% granéis líquidos e 5% carga geral solta. Os cinco primeiros portos organizados responderam por 70% do total de cargas movimentadas nessas instalações”, apontou Serra. Santos ficou com 29%; Itaguaí (RJ), 16%; Paranaguá, 12%; Rio Grande (RS), 7%; e Itaqui (MA), 6%.

Em relação aos TUPs, a liderança ficou com Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA). Em segundo, apareceu o Terminal de Tubarão (ES). Em terceiro, Terminal Almirante Barroso, que fica em São Sebastião (SP).

Saiba mais

Em 2015, os portos organizados brasileiros movimentaram 351 milhões de toneladas. Já os TUPs responderam por 656 milhões de toneladas. Em 2014, os portos movimentaram 349 milhões de toneladas. Os TUPs movimentaram 620 milhões de toneladas.

O perfil da carga movimentada nos TUPs ficou assim: 65% granéis sólidos; 26% granéis líquidos; 5% contêineres; e 4% carga geral solta.

Bons números

O Anuário Estatístico Aquaviário trouxe números positivos em 2015. Um deles foi amovimentação portuária de minério, que cresceu 5,2%. Foram movimentados 400 milhões de toneladas. O crescimento médio anual brasileiro em relação à movimentação de contêineres nas instalações portuárias entre 2010 e 2015 foi de 6,4%. Já o crescimento médio anual mundial da movimentação de contêineres em portos entre 2008 e 2014 foi de 4,8%.

Por tipo de carga, houve também aumento na movimentação. Em relação ao granel sólido, crescimento de 7,24% em comparação com 2014; carga geral solta, aumento de 5,71%. Granel líquido e contêineres registraram pequenas quedas.

Em 2015, houve 58.804 atracações. Esse número representou uma queda de 7,7% em relação a 2014. “Essa queda é positiva, pois houve menos atracações visto que os navios estão maiores; os portos têm maiores profundidades e há um melhor aproveitamento nas atracações. Ou seja, há um ganho de produtividade”, disse o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ.

Vias interiores

O crescimento do transporte em vias interiores entre 2010 e 2015 foi de 13,4%. O dado está no Anuário Estatístico Aquaviário 2015 da ANTAQ. Em 2015, foram transportados 85,5 milhões de toneladas. Em 2014, esse número era de 83,2 milhões de toneladas.

Em relação à bacia hidrográfica, os números ficaram assim distribuídos: Amazônica (aumento de 1%), Tocantins-Araguaia (aumento de 8,5%), Atlântico Sul (queda de 6%); Paraná (aumento de 26,8%); e Paraguai (queda de 37,4%).

Nas vias anteriores, a cabotagem respondeu por 27% das cargas transportadas. O longo curso ficou com 40%. Já a navegação interior respondeu por 33%. Na cabotagem e no longo curso em vias interiores, a principal carga transportada foi o minério. Na navegação interior, destaque para sementes e graõs.

As principais mercadorias transportadas nas vias interiores em 2015 foram minérios (27,7 milhões de toneladas); sementes e grãos (10,9 milhões de toneladas); e combustíveis minerais (10,6 milhões de toneladas).

Longo curso e cabotagem

A movimentação da navegação de longo curso em instalações brasileiras (portos + TUPs) registrou crescimento de 5,4%, com 752,5 milhões de toneladas. “Há uma participação expressiva dos minérios. Dos 752,5 milhões de toneladas exportadas, 373,8 milhões representam minérios (49,7% do total)”, destacou Serra.

Já a movimentação da navegação de cabotagem registrou crescimento de 0,03%, com 211,8 milhões de toneladas. “Há uma relevância do óleo (bruto) de petróleo para a cabotagem, com 65,5% de toda a movimentação”, aponta o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ.

Diretores

O diretor-geral da ANTAQ, Mário Povia, que fez a apresentação do Anuário, destacou a agilidade da Agência na divulgação dos dados estatísticos do setor aquaviário:

“Nós estamos felizes por estar hoje, 18 de fevereiro, consolidando os dados de dezembro de 2015. A nossa ideia é ir diminuindo cada vez mais esse tempo, mas essa é já uma estatística bastante contemporânea, consolidada e atual, uma informação que tem um caráter econômico e de logística, mas também que dá uma noção de como está o setor portuário, a gestão das companhias docas, a política pública portuária, os terminais privados e, ainda, do desempenho nas áreas das navegações marítima e interior.”

O diretor Fernando Fonseca também mencionou os esforços para aprimoramento das estatísticas produzidas pela Agência:

“A ANTAQ vem aperfeiçoando ano a ano esse trabalho em prol do setor como um todo. Nesse sentido, a sua divulgação é essencial para que, ouvindo os diversos agentes do setor aquaviário, possamos, se for o caso, corrigir alguns rumos.”

O diretor Adalberto Tokasrki citou a contribuição das estatísticas para formulação das políticas públicas do setor aquaviário: “A ANTAQ tem uma excelência na estatística do setor aquaviário. São poucos os países que chegam em fevereiro com esse conjunto de dados consolidados para divulgação ao mercado. Essas estatísticas são fundamentais na medida em que servem como ferramenta para o nosso trabalho e para formulação, pelos governos, das políticas públicas do setor”. In “Antaq” - Brasil

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