O setor portuário nacional
(portos organizados + terminais de uso privado) movimentou no ano passado 1,007
bilhão de toneladas. O número representou um crescimento de 4% em relação a
2014. Essa informação é do Anuário Estatístico Aquaviário 2015 da ANTAQ, produzido
pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho e divulgado na passada
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016.
A movimentação de carga nos
portos organizados em 2015 cresceu 0,7% em relação a 2014. Já a movimentação
nos terminais de uso privado (TUPs) cresceu 5,9%. “De 2010 a 2015, o
crescimento da movimentação portuária alcançou 20%”, detalha o gerente de
Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, Fernando Serra.
Serra ressalta que, nos
últimos cinco anos, os TUPs aumentaram sua participação na movimentação de
contêiner. Em 2010, os terminais de uso privado respondiam por 15%. Em 2015,
esse número alcançou 26%.
Analisando por região, o
Anuário trouxe que o Sudeste respondeu por 52% da movimentação portuária
nacional. O Nordeste movimentou aproximadamente 25% do total de cargas.
Santos
O Porto de Santos liderou
mais uma vez a movimentação de cargas no país. Em segundo, aparece Itaguaí
(RJ). Em terceiro, Paranaguá (PR). Na quarta e quinta posições, estão Rio
Grande (RS) e Itaqui (MA), respectivamente.
De acordo com o Anuário, o
perfil de carga dos portos organizados é o seguinte: 59% granéis sólidos, 21%
contêineres, 15% granéis líquidos e 5% carga geral solta. Os cinco primeiros
portos organizados responderam por 70% do total de cargas movimentadas nessas
instalações”, apontou Serra. Santos ficou com 29%; Itaguaí (RJ), 16%;
Paranaguá, 12%; Rio Grande (RS), 7%; e Itaqui (MA), 6%.
Em relação aos TUPs, a
liderança ficou com Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA). Em segundo,
apareceu o Terminal de Tubarão (ES). Em terceiro, Terminal Almirante Barroso,
que fica em São Sebastião (SP).
Saiba
mais
Em 2015, os portos organizados
brasileiros movimentaram 351 milhões de toneladas. Já os TUPs responderam por
656 milhões de toneladas. Em 2014, os portos movimentaram 349 milhões de
toneladas. Os TUPs movimentaram 620 milhões de toneladas.
O perfil da carga
movimentada nos TUPs ficou assim: 65% granéis sólidos; 26% granéis líquidos; 5%
contêineres; e 4% carga geral solta.
Bons
números
O Anuário Estatístico
Aquaviário trouxe números positivos em 2015. Um deles foi amovimentação
portuária de minério, que cresceu 5,2%. Foram movimentados 400 milhões de
toneladas. O crescimento médio anual brasileiro em relação à movimentação de
contêineres nas instalações portuárias entre 2010 e 2015 foi de 6,4%. Já o
crescimento médio anual mundial da movimentação de contêineres em portos entre
2008 e 2014 foi de 4,8%.
Por tipo de carga, houve
também aumento na movimentação. Em relação ao granel sólido, crescimento de
7,24% em comparação com 2014; carga geral solta, aumento de 5,71%. Granel
líquido e contêineres registraram pequenas quedas.
Em 2015, houve 58.804
atracações. Esse número representou uma queda de 7,7% em relação a 2014. “Essa
queda é positiva, pois houve menos atracações visto que os navios estão
maiores; os portos têm maiores profundidades e há um melhor aproveitamento nas
atracações. Ou seja, há um ganho de produtividade”, disse o gerente de
Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ.
Vias
interiores
O crescimento do transporte
em vias interiores entre 2010 e 2015 foi de 13,4%. O dado está no Anuário
Estatístico Aquaviário 2015 da ANTAQ. Em 2015, foram transportados 85,5 milhões
de toneladas. Em 2014, esse número era de 83,2 milhões de toneladas.
Em relação à bacia
hidrográfica, os números ficaram assim distribuídos: Amazônica (aumento de 1%),
Tocantins-Araguaia (aumento de 8,5%), Atlântico Sul (queda de 6%); Paraná
(aumento de 26,8%); e Paraguai (queda de 37,4%).
Nas vias anteriores, a
cabotagem respondeu por 27% das cargas transportadas. O longo curso ficou com
40%. Já a navegação interior respondeu por 33%. Na cabotagem e no longo curso
em vias interiores, a principal carga transportada foi o minério. Na navegação
interior, destaque para sementes e graõs.
As principais mercadorias
transportadas nas vias interiores em 2015 foram minérios (27,7 milhões de
toneladas); sementes e grãos (10,9 milhões de toneladas); e combustíveis
minerais (10,6 milhões de toneladas).
Longo
curso e cabotagem
A movimentação da navegação
de longo curso em instalações brasileiras (portos + TUPs) registrou crescimento
de 5,4%, com 752,5 milhões de toneladas. “Há uma participação expressiva dos
minérios. Dos 752,5 milhões de toneladas exportadas, 373,8 milhões representam
minérios (49,7% do total)”, destacou Serra.
Já a movimentação da
navegação de cabotagem registrou crescimento de 0,03%, com 211,8 milhões de
toneladas. “Há uma relevância do óleo (bruto) de petróleo para a cabotagem, com
65,5% de toda a movimentação”, aponta o gerente de Estatística e Avaliação de
Desempenho da ANTAQ.
Diretores
O diretor-geral da ANTAQ,
Mário Povia, que fez a apresentação do Anuário, destacou a agilidade da Agência
na divulgação dos dados estatísticos do setor aquaviário:
“Nós estamos felizes por
estar hoje, 18 de fevereiro, consolidando os dados de dezembro de 2015. A nossa
ideia é ir diminuindo cada vez mais esse tempo, mas essa é já uma estatística
bastante contemporânea, consolidada e atual, uma informação que tem um caráter
econômico e de logística, mas também que dá uma noção de como está o setor
portuário, a gestão das companhias docas, a política pública portuária, os terminais
privados e, ainda, do desempenho nas áreas das navegações marítima e interior.”
O diretor Fernando Fonseca
também mencionou os esforços para aprimoramento das estatísticas produzidas
pela Agência:
“A ANTAQ vem aperfeiçoando
ano a ano esse trabalho em prol do setor como um todo. Nesse sentido, a sua
divulgação é essencial para que, ouvindo os diversos agentes do setor
aquaviário, possamos, se for o caso, corrigir alguns rumos.”
O diretor Adalberto Tokasrki
citou a contribuição das estatísticas para formulação das políticas públicas do
setor aquaviário: “A ANTAQ tem uma excelência na estatística do setor
aquaviário. São poucos os países que chegam em fevereiro com esse conjunto de
dados consolidados para divulgação ao mercado. Essas estatísticas são fundamentais
na medida em que servem como ferramenta para o nosso trabalho e para
formulação, pelos governos, das políticas públicas do setor”. In “Antaq”
- Brasil
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