O
subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM visitou pela
primeira vez a Escola Portuguesa de Macau (EPM), uma instituição que
caracterizou como “muito especial” e testemunha da prática da política “Um
país, Dois sistemas”. Chen Si Xi reconheceu a importância da EPM enquanto
escola onde se ensina o português, uma língua que vê o seu “prestígio”
assegurado pela Lei Básica
A Escola Portuguesa de Macau
(EPM) tem uma história de apenas 18 anos, mas o seu progresso é inegável para o
subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, que visitou a
instituição de ensino pela primeira vez.
O percurso de “sucesso” teve
origem em vários factores. “É um esforço da escola, dos professores e do
Governo de Macau. Isso reflecte também que a política ‘Um país, Dois sistemas’
está a funcionar e tem vantagens”, afirmou Chen Si Xi, embora sem as enumerar.
A EPM é também vista pelo subdirector como “um resultado das boas relações
entre a China e Portugal”.
O ensino de línguas como o Português
e o Mandarim foi elogiado pelo mesmo responsável que considera que “Macau para
desempenhar um bom papel de plataforma de cooperação precisa de ter mais
pessoas que dominem várias línguas e tenham visão abrangente”, sublinhou.
Neste sentido, são importantes
quer o Chinês, quer o Português, que vê a sua importância reconhecida na Lei do
território. “A Lei Básica assegura o prestígio do português”, apontou.
Chen Si Xi falava após uma
visita à EPM e uma reunião que durou cerca de uma hora com a direcção do
estabelecimento de ensino, entre outros responsáveis, e durante a qual foi
feita uma breve apresentação da instituição, dos seus currículos e do percurso
desde a sua criação até à actualidade.
Para o presidente da direcção,
Manuel Machado, a visita mostra “o interesse que a República Popular da China
tem pela Escola Portuguesa e pelas óptimas relações entre Portugal e a China”.
A visita à EPM decorreu de uma
sugestão do presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses
(APIM), Miguel de Senna Fernandes, que explicou a escolha. “Durante vários anos
foram visitados o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, as instalações da
APIM e, este ano, inicialmente queriam ir à sede da Associação dos Macaenses,
mas ela está em obras, por isso, sugeri a Escola Portuguesa, até porque esta é
a primeira visita”. “Era importante que os representantes do Governo Central
viessem ver como estão as coisas. Isso é fundamental”, destacou.
Obras
de ampliação devem começar no Ano do Macaco
Por outro lado, estão
planeadas obras de ampliação na escola, que José Luís Sales Marques gostaria de
ver lançadas durante o Ano Novo Lunar que está prestes a começar. “Queremos que
elas [as obras] se iniciem no Ano do Macaco, mas depende da nossa vontade e do
trabalho que ainda temos que fazer, porque existem ideias, mas entre as ideias,
fazer um estudo prévio e depois o próprio projecto, vai uma distância”, referiu
o membro do Conselho de Administração da Fundação da EPM em declarações ao Jornal
Tribuna de Macau.
Em causa está também o facto
de não se tratarem de “pequenas obras de manutenção” mas sim de intervenções
com uma certa dimensão, que “implicam eventualmente a construção de mais um
piso na ala nova e o aproveitamento do seu terraço e depois a demolição e
reaproveitamento do espaço onde está instalado o actual ginásio”, explicou.
Sales Marques mencionou ainda
a eventual construção de um parque de estacionamento, sendo que não há ainda
certeza quanto ao “tipo de parque a fazer”. O orçamento das obras também
continua a ser um ponto de interrogação. Inês
Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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