Bissau – O Ministério da
Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR) perspectiva a redução do défice
alimentar “de maneira significante” nos próximos 4 anos para melhorar a
situação alimentar, mal-nutrição e combater fome generalizada no país.
A revelação foi feita pelo
ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural na cerimônia de abertura do
ateliê de “Validação do Estudo sobre a Priorização das Infra-estruturas para o
Desenvolvimento das Produções Agrícolas”, que decorre durante todo o dia de
hoje.
Para atingir este objectivo,
segundo João Aníbal Pereira, o governo prioriza, a médio e a longo prazo,
investimentos capazes de inverter a “tendência estagnadora” da produção
nacional.
De acordo com o ministro,
estão programadas a realização de obras hidráulicas e recuperação de bolanha,
ou seja, o ordenamento de 50 mil hectares para a produção de arroz nos próximos
tempos.
Nesta perspectiva,
prosseguiu Aníbal Pereira, a Direção Geral da Engenharia e Desenvolvimento
Rural deve dotar-se de um plano geral de ordenamento agrícola “o mais breve
possível”.
Entre outras medidas, o
governo preconiza a recuperação dos centros de Bissorã e de produção orizícola
de Contuboel e Caboxangue, além de construção de aviários e unidades de
produção de pintos e rações animais.
O governo conta ainda
proceder ao ordenamento e equipamento de perímetros hortícolas, a construção de
um centro de desenvolvimento e promoção hortícola em Cacheu e reabilitação de
laboratórios e pistas rurais, bem como a construção de sedes das Direções
Gerais da Agricultura e das Florestas e Faunas.
A Construção de armazéns de
celeiros e bancos de cereais, a reabilitação de bolanhas, mercados de produtos
agrícolas, assim como a construção de um matadouro em Bissau e de aviários são,
entre outras, actividades preconizadas pelo MADR para os próximos quatro anos.
Dados do Ministério da
Agricultura e Desenvolvimento Rural revelam que a produção cerealífera anual em
bruto na Guiné-Bissau se situa em cerca de 250 mil toneladas, muito
insuficiente para cobrir as necessidades alimentares do país, avaliadas em 800
mil toneladas de arroz.
O défice é coberto pelas
importações que Aníbal Pereira considerou de custosas.
O estudo em debate é fruto
de auscultações levadas a cabo por técnicos junto aos agricultores, associações
agrícolas, ONG, Sociedade Civil e estruturas do Ministério da Agricultura e abrangeu
todas as regiões do país, com excepção de Bolama/Bijagós, no Sul. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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