Foi restabelecido na última
terça-feira, 10 de Fevereiro de 2015, o fornecimento de energia eléctrica às
províncias de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e norte da Zambézia, que esteve
interrompido desde a madrugada do dia 12 de Janeiro devido às chuvas, que
provocaram a queda de 10 torres de transporte de Alta Tensão no distrito de
Mocuba, província da Zambézia.
Este restabelecimento é o
culminar de um trabalho que durou 27 dias e que envolveu mais de 200 pessoas,
entre gestores, técnicos e trabalhadores da empresa Electricidade de Moçambique
E.P. (EDM) e mão-de-obra local, que de forma abnegada fizeram de tudo para que
as zonas afectadas pudessem ter energia.
Os trabalhos consistiram na
construção de uma linha provisória composta por 45 pórticos de madeira, uma vez
que a reposição definitiva das 10 torres metálicas derrubadas está condicionada
à sua encomenda e importação.
Entretanto, devido à queda
constante da chuva e ao facto de o incidente ter ocorrido numa zona de difícil
acesso, no rio Licungo, que dista cerca de 15 quilómetros da Estrada Nacional
Número Um, a EDM contratou uma empresa para fazer o melhoramento do troço,
através da drenagem das águas e colocação de saibro e pedras.
A intransitabilidade da via,
provocada pela lama, dificultou sobremaneira a movimentação do material e do
pessoal, situação que só foi contornada com recurso à força humana e a um helicóptero
cargueiro, para além de equipamento pesado, nomeadamente gruas, bulldozers,
retroescavadoras, tractores, entre outros.
O sucesso deste trabalho,
segundo o Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de
Moçambique, Gildo Sibumbe, só foi possível "graças ao empenho e entrega da
equipa que esteve envolvida nesta operação e, acima de tudo, à compreensão dos
clientes e consumidores das regiões afectadas".
"As pessoas estavam
agastadas com a situação, mas estavam conscientes de que se tratava de uma
situação provocada pela natureza. Ou seja, tinham a noção de que a
Electricidade de Moçambique não era a culpada. Por isso vai o nosso maior
agradecimento", reconheceu Gildo Sibumbe.
Por outro lado, Gildo
Sibumbe também reconheceu e louvou o apoio prestado pelos governos a nível
central, provincial e local, e pela imprensa, que confiaram e acreditaram na
EDM, e tiveram a paciência de esperar 27 dias, período durante o qual estiveram
privados de energia, acrescentou.
De salientar que, após este
incidente e durante o período em que decorreram os trabalhos de reposição da
linha de 220KV que alimenta o Norte do País e parte da província da Zambézia, a
Electricidade de Moçambique activou os grupos de emergência com vista a
alimentar os serviços mínimos.
Trata-se das centrais de
Lichinga e Cuamba, que são de natureza hídrica, e Nacala e Pemba, que funcionam
a diesel, as quais permitiram o funcionamento de serviços mínimos tais como
hospitais, instituições públicas, entre outros. In
“Olá Moçambique” -
Moçambique
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