Um grupo de pilotos
brasileiros estão a pedir às autoridades nacionais de portos, que limitem o
comprimento dos navios cuja entrada é permitida no porto do país com maior
capacidade, Santos. Um representante dos armadores avisou que poderão haver
nefastas consequências se os pilotos conseguirem ver o seu pedido aceite.
O Presidente da Associação
Nacional de Pilotos da região de São Paulo/Santos (Conapra), Cláudio Paulino,
diz que pretende que exista uma restrição a navios com mais de 266m no porto,
visto que uma insuficiência na dragagem faz com que não seja seguro a
navegabilidade de navios com comprimento superior, como por exemplo o navio de
300m, o CMA CGM Tigris, que atracou no porto no início de Fevereiro de 2015.
Com 10622 TEU, é o maior navio que acostou no Porto de Santos até hoje.
Mas Cláudio Loureiro,
Presidente Executivo da Centronave, que representa as empresas estrangeira de
longo curso no Brasil, criticou a ideia numa carta à autoridade local do porto,
a Codesp. As consequências poderiam ser más para Santos, se o limite actual de
336m, dependendo das marés e localização do terminal dentro do porto, fosse
alterado para 226m.
“Estas ideias (da Conapra de
São Paulo) trarão um prejuízo à comunidade portuária de Santos. Os custos do
frete têm sistematicamente diminuído nos últimos anos em todas as linhas de
comércio, devido à intensa competição entre as empresas transportadoras, devido
a uma economia de escala que os novos navios fornecem. É claro que o custo por
unidade transportada aumenta se reduzirmos o tamanho dos navios.”
Cláudio Loureiro argumenta
que o Porto de Santos poderá perder alguns dos seus serviços regulares, se não
for permitido a modernização e aceitação de maiores porta-contentores.
A decisão final do pedido da
Conapra de São Paulo será tomada pela Secretaria de Portos em conjunto com a
Marinha Brasileira.
A empresa francesa de
transportes marítimos adicionou este ano o CMA CGM Tigris ao seu serviço SEAS2,
ligando 13 portos na China, Hong Kong, Singapura, Malásia e África do Sul com a
Argentina, Uruguai e Brasil. É também o quarto numa série de 28 navios na
classe porta-contentores entre os 9400 e os 10900 TEU a entrar na frota da
companhia. O navio está equipado com as mais recentes tecnologias ambientais
que reduzem as emissões de CO2, de acordo com a CMA CGM.
Com um movimento de 3,45milhões
TEU em 2013, o Porto de Santos foi o 38º na lista CM’s World Top Container
Ports 2014, sendo esta a posição mais elevada alcançada por um porto Sul Americano.
Baía da Lusofonia com origem in “JOC”
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