Chefes de Estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, encontraram-se em Nova Iorque durante a 79.ª sessão de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, que abriu nesta terça-feira.
Entre
os líderes estiveram os presidentes de Angola, João Lourenço, de Moçambique,
Felipe Jacinto Nyusi, de Cabo Verde, José Maria Neves, da Guiné-Bissau, Umaro
Sissoco Embaló e de São Tomé e Príncipe Carlos Vila Nova.
Os
primeiros-ministros Xanana Gusmão, de Timor-Leste, e Patrice Trovoada, de São
Tomé e Príncipe, estiveram no encontro ao lado dos ministros dos Negócios
Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, da Guiné Equatorial, Siméon Oyono Esono
e do Secretário-geral da Organização, Zacarias da Costa. O Brasil foi
representado pelo embaixador junto à ONU, Sérgio Danese.
Sobre
o momento de consulta “política e diplomática”, o titular da presidência
rotativa da CPLP e chefe de Estado de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, elencou
temas locais levantados e questões que precisam de atuação em conjunto.
“A
CPLP vai bem. Depois do encontro ou da cimeira que nós realizamos em São Tomé e
Príncipe em agosto do ano passado foi a primeira ocasião que tivemos de
estarmos todos juntos ao nível de chefes de Estado, chefes de governo e
representantes dos países. Foi um bom encontro informal, sem nenhuma agenda
vinculativa, onde permitiu que cada Estado-membro refletisse sobre aquilo que é
a situação interna em cada um dos países, as relações e a própria comunidade,
porque para nós os membros dessa comunidade vivemos de um espírito de
entreajuda entre os Estados e não num espírito de deixar ao abandono ou não
acompanhar os outros povos, até porque os problemas alguns deles são comuns.”
No
próximo ano, a Guiné-Bissau assume a presidência do bloco lusófono que há 25
anos tem o estatuto de observador das Nações Unidas concedido pela Assembleia
Geral. Uma resolução bianual sobre a cooperação entre as duas organizações tem
orientado as relações entre as duas partes.
“É
o caso das alterações climáticas, nós temos imensos problemas que cada um dos
países foi vivendo recentemente no caso concreto dos grandes incêndios em
Portugal proximamente teremos a discussão do orçamento em Portugal, as eleições
em Moçambique. Portanto, tudo isto descontraidamente fomos abordando e dando as
nossas opiniões e o que é muito bom. Espero que este espírito prevaleça. Também
foi um momento para nos despedirmos do presidente Nyusi que acaba o seu mandato
brevemente. Tudo isto entrou neste encontro mais de confraternização e informal
à margem da 79.ª Assembleia Geral das Nações Unidas.”
A
CPLP tem acordos com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura, Organização Internacional do Trabalho e a ONU Mulheres. In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “ONU
News”
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