Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Timor-Leste - Economia vai continuar a crescer, mas a ritmo mais modesto

A economia de Timor-Leste vai continuar a crescer, mas a um ritmo mais modesto, devido a uma diminuição das despesas governamentais e de investimento, segundo uma nota à imprensa ontem divulgada pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).


No relatório sobre as “Perspetivas de Desenvolvimento Asiático”, o BAD salienta que o crescimento em Timor-Leste deverá ser impulsionado pelo consumo privado, alimentado por créditos ao consumo, transferências governamentais, remessas e turismo. “No entanto, a previsão [de crescimento] foi revista para 3,1% em 2024 e de 3,9% em 2025”, salienta o BAD.

Em Abril, as projeções do BAD apontavam para um crescimento económico de 3,4% em 2024 e de 4,1% em 2025. “Garantir a prontidão dos projetos de investimento, melhorar as práticas de contratação pública e reforçar a capacidade institucional são essenciais para maximizar o impacto positivo de capital público no crescimento económico”, afirmou Stefania Dina, diretora nacional do BAD em Timor-Leste, citada no comunicado.

A responsável defendeu também que são necessárias reformas na gestão das finanças públicas e mudanças políticas estratégicas. “Ao optimizar as oportunidades de financiamento do desenvolvimento e proteger os recursos governamentais, como o Fundo Petrolífero, podemos construir um futuro melhor para Timor-Leste”, afirmou Stefania Dina.

Segundo o comunicado, a inflação média será de 3,4% em 2024, ligeiramente abaixo da previsão anterior, que era de 3,5%, devido a preços mais baixos nos produtos básicos e bens de consumo e nos bens não transacionáveis. O BAD não alterou a previsão da inflação de 2,9% para 2025.

Em relação aos défices da balança corrente, o BAD considera que vão continuar elevados, mas “ligeiramente inferiores às previsões anteriores, devido à redução das importações de bens e serviços, em linha com uma despesa orçamental mais lenta”.

Sobre os riscos nas perspetivas de crescimento em Timor-Leste, o BAD salienta que “decorrem de despesas de capital público mais baixas, de desastres naturais e do impacto de choques externos e repercussões associadas a tensões geopolíticas globais”. In “Ponto Final” - Macau


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