A economia de Timor-Leste vai continuar a crescer, mas a um ritmo mais modesto, devido a uma diminuição das despesas governamentais e de investimento, segundo uma nota à imprensa ontem divulgada pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).
No
relatório sobre as “Perspetivas de Desenvolvimento Asiático”, o BAD salienta
que o crescimento em Timor-Leste deverá ser impulsionado pelo consumo privado,
alimentado por créditos ao consumo, transferências governamentais, remessas e
turismo. “No entanto, a previsão [de crescimento] foi revista para 3,1% em 2024
e de 3,9% em 2025”, salienta o BAD.
Em
Abril, as projeções do BAD apontavam para um crescimento económico de 3,4% em
2024 e de 4,1% em 2025. “Garantir a prontidão dos projetos de investimento,
melhorar as práticas de contratação pública e reforçar a capacidade
institucional são essenciais para maximizar o impacto positivo de capital
público no crescimento económico”, afirmou Stefania Dina, diretora nacional do
BAD em Timor-Leste, citada no comunicado.
A
responsável defendeu também que são necessárias reformas na gestão das finanças
públicas e mudanças políticas estratégicas. “Ao optimizar as oportunidades de
financiamento do desenvolvimento e proteger os recursos governamentais, como o
Fundo Petrolífero, podemos construir um futuro melhor para Timor-Leste”,
afirmou Stefania Dina.
Segundo
o comunicado, a inflação média será de 3,4% em 2024, ligeiramente abaixo da
previsão anterior, que era de 3,5%, devido a preços mais baixos nos produtos
básicos e bens de consumo e nos bens não transacionáveis. O BAD não alterou a
previsão da inflação de 2,9% para 2025.
Em
relação aos défices da balança corrente, o BAD considera que vão continuar
elevados, mas “ligeiramente inferiores às previsões anteriores, devido à
redução das importações de bens e serviços, em linha com uma despesa orçamental
mais lenta”.
Sobre
os riscos nas perspetivas de crescimento em Timor-Leste, o BAD salienta que
“decorrem de despesas de capital público mais baixas, de desastres naturais e
do impacto de choques externos e repercussões associadas a tensões geopolíticas
globais”. In “Ponto Final” - Macau
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