Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 22 de setembro de 2024

Portugal - "O meu país" - um retrato musical trágico - cómico do estado em que o nosso país se encontra, o novo single de António Norton

"Somos domados pelos senhores da ilusão"


Esta canção é um retrato musical trágico - cómico do estado em que o nosso país se encontra.

O texto duro e contundente é servido disfarçadamente numa espécie de fanfarra jocosa, leve, brincalhona, solta e alegre, trazida pela tuba, trompete, trombone e saxofone.

A canção tem uma toada alegre, que convida a um pulo de dança, trazido pelo balanço da percussão, do piano e da guitarra eléctrica.

E, tal como os ratos da história do flautista de Hamelin, lá seguimos hipnotizados, a eterna ladainhados lugares-comuns dos mestres da ilusão.

Dos fanfarrões que cegamente entoam as suas palavras, rumo ao precipício.

Um país que não sabe para onde ir, moribundo, confuso e domado...

A euforia fiscal, a pensão de invalidez, o desnorteio...

A canção de tom irónico e crítico, tem um refrão forte, que remete para a ideia de nos mantermos sóbrios para expulsar os impostores.

A canção termina com a entrada das cordas que convidam a uma evocação do sonho como motor de mudança para voltarmos a ser uma nação.

Uma canção forte e actual para nos arrebitar de um sono hipnótico e preocupante. P&C Assessoria de Imprensa – Portugal

 

O meu país

Letra - António Norton

Música - António Norton

Arranjo - António Norton e Tiago Cordeiro

 

O meu país não sabe bem para onde há de ir

o meu país parece que só me quer é engolir

o meu país não encontra sossego no seu coração

o meu país vive domado pelos senhores da ilusão

 

E já morto de cansaço

e sem quase lucidez

é ferido em mais um corte

na pensão de invalidez

 

Eles atiçam a nossa sobriedade

eles despertam a nossa paixão

para expulsar os impostores

e poder voltar a ser uma nação

 

O meu país é devorado pela euforia fiscal

o meu país parece que tem cancro terminal

o meu país precisa de se levantar do chão

o meu país tem de gritar bem alto: INDIGNAÇÂO

 

E já morto de cansaço

e sem quase lucidez

é ferido em mais um corte

na pensão de invalidez

 

Eles atiçam a nossa sobriedade

eles despertam a nossa paixão

para expulsar os impostores

e poder voltar a ser uma nação

 

Eu já vos disse várias vezes que nós temos de encontrar

um rumo para poder sonhar


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