"Somos domados pelos senhores da ilusão"
Esta
canção é um retrato musical trágico - cómico do estado em que o nosso país se
encontra.
O
texto duro e contundente é servido disfarçadamente numa espécie de fanfarra
jocosa, leve, brincalhona, solta e alegre, trazida pela tuba, trompete,
trombone e saxofone.
A
canção tem uma toada alegre, que convida a um pulo de dança, trazido pelo
balanço da percussão, do piano e da guitarra eléctrica.
E,
tal como os ratos da história do flautista de Hamelin, lá seguimos
hipnotizados, a eterna ladainhados lugares-comuns dos mestres da ilusão.
Dos
fanfarrões que cegamente entoam as suas palavras, rumo ao precipício.
Um
país que não sabe para onde ir, moribundo, confuso e domado...
A
euforia fiscal, a pensão de invalidez, o desnorteio...
A
canção de tom irónico e crítico, tem um refrão forte, que remete para a ideia
de nos mantermos sóbrios para expulsar os impostores.
A
canção termina com a entrada das cordas que convidam a uma evocação do sonho
como motor de mudança para voltarmos a ser uma nação.
Uma
canção forte e actual para nos arrebitar de um sono hipnótico e preocupante. P&C
Assessoria de Imprensa – Portugal
O meu país
Letra
- António Norton
Música
- António Norton
Arranjo
- António Norton e Tiago Cordeiro
O
meu país não sabe bem para onde há de ir
o
meu país parece que só me quer é engolir
o
meu país não encontra sossego no seu coração
o
meu país vive domado pelos senhores da ilusão
E
já morto de cansaço
e
sem quase lucidez
é
ferido em mais um corte
na
pensão de invalidez
Eles
atiçam a nossa sobriedade
eles
despertam a nossa paixão
para
expulsar os impostores
e poder
voltar a ser uma nação
O
meu país é devorado pela euforia fiscal
o
meu país parece que tem cancro terminal
o
meu país precisa de se levantar do chão
o meu
país tem de gritar bem alto: INDIGNAÇÂO
E
já morto de cansaço
e
sem quase lucidez
é
ferido em mais um corte
na
pensão de invalidez
Eles
atiçam a nossa sobriedade
eles
despertam a nossa paixão
para
expulsar os impostores
e poder
voltar a ser uma nação
Eu
já vos disse várias vezes que nós temos de encontrar
um
rumo para poder sonhar
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